Publicado por Luiza Lopes - DCM ------ O Exército se reuniu em Brasília na primeira semana de agosto para tratar das eleições. Segundo a avaliação dos 16 generais que compõe o Alto Comando, a disputa política polarizada entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) pode causar um aumento de casos de violência eleitoral.
Os comandos militares regionais deixarão os batalhões nos quartéis preparados para eventuais convocações nos dias das eleições. Os batalhões do Exército costumam ficar mobilizados no dia da votação nos estados que solicitam ajuda federal.
O Exército se reuniu em Brasília na primeira semana de agosto para tratar das eleições. Segundo a avaliação dos 16 generais que compõe o Alto Comando, a disputa política polarizada entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) pode causar um aumento de casos de violência eleitoral.
Os comandos militares regionais deixarão os batalhões nos quartéis preparados para eventuais convocações nos dias das eleições. Os batalhões do Exército costumam ficar mobilizados no dia da votação nos estados que solicitam ajuda federal.
Em pleitos anteriores, no entanto, não havia a avaliação de que eles poderiam ser necessários para atuar em eventuais episódios de violência relacionada ao processo eleitoral. As estratégias sobre como reagir a esse cenário já são discutidas entre representantes dos militares e de estados que devem solicitar apoio das Forças Armadas para a segurança e logística do primeiro turno, como Rio de Janeiro e Tocantins.
Segundo os generais consultados pela Folha de S.Paulo, a morte do militante petista Marcelo Arruda, assassinado pelo bolsonarista Jorge Guaranho em sua festa de aniversário que tinha como temática o PT e o presidente Lula, acendeu o sinal de alerta para o risco de aumento de casos de violência.
A escalada de violência política motivou a Força a definir que os 67 exercícios militares principais previstos para o ano devem ser executados até setembro; depois disso, o efetivo ficará à disposição para eventuais necessidades.
A cúpula do Ministério da Defesa, por sua vez, vê como baixo o risco de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) reeditarem a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, caso o presidente perca a eleição para o ex-presidente Lula.
Ao ser questionado em audiência na Câmara se as equipes de inteligências das Forças Armadas “monitoram grupos armados ou pessoas mal-intencionadas [que possam tentar] interferir e tirar a paz no processo eleitoral”, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, respondeu que as Forças Armadas monitoram eventuais movimentações por meio de sistemas integrados de inteligência, mas não identificou risco de invasão como a de 6 de janeiro, nos Estados Unidos.
“A preocupação que a senhora expõe no comentário em relação ao emprego da inteligência internamente e, não sei se foi essa a intenção, no que diz respeito ao processo eleitoral, eu nego e não existe esse tipo de preocupação [reedição da invasão do Capitólio no Brasil]”, afirmou.