Esmael Morais em seu blog ----- O senador Alvaro Dias (Podemos) e o ex-juiz Sergio Moro (União), que se engalfinham pela única vaga ao Senado, ficaram chupando dedos porque o presidente Jair Bolsonaro (PL) ‘torceu o nariz’ para eles ao apresentar o deputado Paulo Martins (PL), o PM, como candidato ao Senado.
Bolsonaro estreou no primeiro dia da propaganda eleitoral no rádio e na televisão pedindo votos para Martins.
– Todos sabem da importância de termos um Senado realmente interessado em ajudar o Brasil e que está ao lado do presidente da República. O Paulo Martins é velho colega de parlamento brasileiro que agora é uma mais opção, é uma realidade para o nosso Estado do Paraná – disse o presidente cessante.
Bolsonaro continuou no horário eleitoral do Paraná:
– Vocês sabem que não é apenas o presidente. É o presidente e o parlamento brasileiro. O Senado é muito importante para nós. Por isso que eu reitero o meu pedido, como o meu Senador pelo Paraná, Paulo Martins. Todos nós ganharemos com isso – insistiu o inquilino do Palácio do Planalto.
Alvaro e Moro, a princípio, ficaram sem padrinho político nessa corrida eleitoral para o Senado.
O governador Ratinho Junior (PSD), candidato à reeleição, tem em sua chapa ao menos três pretendentes ao Senado: Moro, Martins e o ex-governador Orlando Pessuti (MDB) – enquanto Bolsonaro mostra fiel apenas a Martins.
Nos bastidores da político, no entanto, se fala que Ratinho vai impor “voto útil” em Paulo Martins na reta final da campanha – a pedido do presidente Bolsonaro.
Ratinho também tem mais afinidade política, ideológica, etária e profissional com PM [Paulo Martins] – que já foi funcionário da Rede Massa, a empresa de comunicação da família do governador do estado.
Não se pode dizer que Moro e Alvaro não lutaram como leões para obter o apoio de Bolsonaro. Pelo contrário. Alvaro agiu nos últimos meses como se fosse líder informal do governo no Senado, em prol de mensagens do Palácio do Planalto, enquanto Moro ainda aponta similaridades com Bolsonaro na luta contra um inimigo comum: Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Porém, o ditado popular diz quem não tem padrinho morre pagão…
É nesse contexto que surge a candidatura coletiva feminina ao Senado, liderada pela ex-deputada Rosane Ferreira (PV), que ainda tem Elza Campos (PCdoB) e Marlei Fernandes (PT) como suplentes. Elas apostam na divisão da direita e no desempenho da chapa Requião e Lula para suplantar os adversários nas urnas.