UCRÂNIA: QUANDO O INVERNO CHEGAR NA EUROPA

A imprensa ocidental avalia que a chegada do inverno europeu será decisiva para uma solução do conflito russo-ucraniano. Isto porque os países da Europa se encontram em sérias dificuldades econômicas devido ao apoio irracional ao regime de Kiev. Com a vinda do inverno, a falta de energia barata da Rússia transformará as nações da OTAN em palco de enormes protestos e crise político/social. Neste sentido, dizem, Vladimir Putin poderá oferecer um cessar-fogo em meados de outubro (ou início de novembro) na cúpula do G-20, isto nas condições estabelecidas por Moscou. Na outra parte, o imaginário ocidental de que a Ucrânia poderia sair vitoriosa do conflito deu lugar à certeza da derrota inevitável das Forças Armadas da Ucrânia. EUA e Europa avaliam - agora com os pés no chão - que não haverá reconquista do Donbass, contra-ofensiva em Kherson (ou em qualquer outra parte do país), tampouco será possível evitar a queda de Odessa/Nikolaev/Kharkov. Para os EUA, um cessar-fogo russo será um alívio de certa forma, já que a administração Biden entende (pelo menos os assessores do presidente) que a tentativa de enfraquecer a Rússia apenas acelerou a ruptura do mundo unipolar. Evidentemente que a imprensa ocidental tentará transformar a derrota numa espécie de empate na casa do adversário. Enquanto o inverno não vem, a Rússia continua moendo as forças nazistas da Ucrânia, além de assegurar a estabilização das regiões libertadas de acordo com a política, a economia e a cultura russa. Com relação ao ucraniano Zelensky, ontem ele era herói, mas amanhã será um grande problema para a Inglaterra, sua tutora, e para os países do bloco da OTAN. Sendo assim, o destino não está mais nas mãos do palhaço. (Daniel Spirin)