por Claudio Daniel
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Lamentável a morte da jovem Mahsa Amini, que sofreu um ataque cardíaco enquanto estava numa delegacia. O vídeo do local mostra claramente que não houve nenhum tipo de agressão física a ela e que a mesma foi logo socorrida pela equipe médica.
O próprio presidente do Irã já ligou para a família da jovem se solidarizando, exigindo uma investigação sobre a conduta da polícia e afirmou que vai prestar apoio aos familiares de Mahsa.
Por outro lado, está muito claro que há um uso político do lamentável episódio, especialmente por parte de grupos anti-iranianos apoiados a partir de regimes genocidas do exterior, como o da Alemanha, dos Estados Unidos e de Israel. Há também envolvimento de grupos separatistas curdos (Mahsa era curda) que sonham em criar um país a partir de terras iranianas, turcas, iraquianas e sírias.
Por fim, as pessoas que se dizem “indignadas” com a morte de Mahsa são as mesmas que se calam diante do assassinato de dezenas de crianças e mulheres palestinas pelas bombas criminosas lançadas pelo regime do Apartheid de Israel. Essas pessoas são mesmas que se calaram diante do assassinato covarde da jornalista Shireen Abu Akleh, em maio deste ano, quando foi atingida de forma proposital por soldados israelenses (que hipocritamente estão “tristes” com a morte de Mahsa), embora ela estivesse toda paramentada com a roupa da imprensa.
No fundo, muitos “indignados” não estão preocupados com a lamentável morte de Mahsa, mas sim em usá-la para fins políticos.