Foto: Ricardo Marajó/SMCS ----- Uma das características deste período do ano é a grande concentração de chuvas, que ocorrem de forma acentuada e em curtos períodos de tempo, com a possibilidade de provocar alagamentos pontuais. Com o objetivo de prevenir desastres e orientar a população, a Defesa Civil de Curitiba lançou a Operação La Niña, que atua no monitoramento do clima e no atendimento a ocorrências.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Curitiba, Nelson Ribeiro, a operação teve início com uma capacitação ofertada em dezembro para as Subsecretarias Municipais de Proteção e Defesa Civil (Administrações Regionais), Guarda Municipal e demais setores responsáveis pelo atendimento às emergências ambientais.
“Curitiba possui uma rede de proteção e defesa civil bastante estruturada, com agentes capacitados para atender em todas as regiões. A grande novidade deste ano, é que estamos com equipamentos próprios de monitoramento que trarão mais precisão e irão auxiliar às equipes em atendimento”, explicou Ribeiro.
Em tempo real, equipes fazem o monitoramento constante das condições do tempo pelo Centro Municipal de Gerenciamento de Riscos e Desastres de Curitiba (CMGERD), por meio do Sistema de Alerta e Alarme de Prevenção a Desastres de Curitiba (SisAAPrev).
O Centro de Monitoramento conta com informações da primeira estação meteorológica de propriedade da Prefeitura, instalada na sede da Defesa Civil, no bairro Batel, além da estrutura existente do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (SIMEPAR ) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). Outras nove estações adquiridas pelo município estão em fase de instalação.
“As equipes da Defesa Civil de Curitiba e de toda a estrutura da Prefeitura Municipal estão em estado de atenção e estarão de prontidão para que se possa dar uma resposta rápida diante de qualquer efeito climático severo que ocorra”, afirmou o coordenador.
Outra novidade foi compra de uma plataforma de coleta de dados hidrológicos, que irá medir o nível do rio através de um sensor ultrassônico e também a precipitação acumulada da chuva, com o uso de um pluviômetro. O equipamento adquirido em dezembro deve ser instalado nas próximas semanas.
Além do monitoramento feito pelo Centro da Defesa Civil, a cidade conta ainda com o monitoramento das câmeras da Muralha Digital, que opera 24 horas por dia, com a verificação das condições das principais vias e acessos da capital, alertando sobre pontos de alagamentos e quedas de árvore.
A operação foi batizada com o nome La Niña em virtude do fenômeno climático que afeta o país pelo terceiro ano consecutivo e que compreende na diminuição da temperatura da superfície dos oceanos, o que pode ocasionar a ocorrência de tempestades com rajadas fortes de ventos e ainda a possibilidade de precipitação de granizo. A Operação La Niña que se iniciou em dezembro, segue até o dia 20 de março.