⚠️ A Frente Paranaense pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação (Frentex-PR) repudia veemente a prisão do jornalista Pedro Carrano na manhã desta terça-feira (10), no Campo de Santana, região próxima a Curitiba (PR). O profissional que atua no jornal Brasil de Fato Paraná foi detido pela Polícia Militar do Paraná enquanto cobria o despejo ilegal da Ocupação Povo Sem Medo, no Campo de Santana, pelas forças de segurança pública.
Sob alegação de obstruir o bloqueio policial, o jornalista foi impedido de exercer sua atividade profissional e foi encaminhado para o 2ª companhia do 13º Batalhão de Polícia Militar, no Tatuquara. Na manhã de hoje a PM estava impedindo o acesso à área por jornalistas e advogados. Ao deter o jornalista a Polícia ainda confiscou seu celular. Até o momento presente as informações são de que o jornalista permanece detido.
Além de uma evidente violação da liberdade de imprensa, a ação do Estado descumpre a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828, de realização de inspeções judiciais e audiências de mediação antes de qualquer decisão para desocupação, mesmo em locais nos quais já haja decisões que determinem despejos, o que não ocorreu.
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Paraná condenou o cerceamento da liberdade de imprensa e do direito de trabalho dos profissionais de jornalista, responsáveis por levar informações seguras à população e informou que cobra da Secretaria de Segurança Pública, do comando da PM e do Ministério Público ações urgentes para garantir a segurança e o direito de trabalho dos jornalistas, assim como a imediata liberação do jornalista Pedro Carrano.
⚠️ A Frentex-PR reivindica que o profissional seja imediatamente liberado, que o direito de atuação dos profissionais seja assegurado, que as circunstâncias da detenção do profissional seja investigada e responsabilizado os agentes e Estado envolvido na ilegal detenção. Assim como a Frentex-PR reivindica que o Estado cumpra as determinações da Corte e instaure um regime de transição nos processos de reintegração de áreas como medidas essenciais para evitar a intensificação de violação de direitos destas famílias.
#DespejoZero