por Marcos Guimarães ---- Encontro de Mourão com traficante, lavagem de dinheiro para o tráfico por Igreja evangélica e Cacs que fornecia armas para organização criminosa.
Muitas luzes precisam ser jogadas sobre o governo miliciano que foi despejado do planalto. As ligações de Bolsonaro, a partir do Capitão Adriano – morto - com as milícias, são por todos conhecidas. Mas agora uma sucessão de fatos colocados lado a lado, sugerem as ramificações de organizações criminosas com CACs e igrejas evangélicas. O esquema de tráfico de cocaína na Comitiva Presidencial, pelo sargento Manoel Silva Rodrigues, em 2019, foi visto como um caso isolado, assim como a apreensão de 117 fuzis M-16, em 2022 na casa de um amigo do policial militar Ronnie Lessa, apontado como assassino da vereadora Marielle Franco, que morava no mesmo condomínio do ex-presidente. A hipotética proximidade de ex-integrantes do governo Bolsonaro com o crime organizado passa pelo encontro fora da agenda do senador Mourão com um dos maiores traficantes de drogas do país e pelo fato do pai de um chefe do Comando Vermelho integrar a ABIN de Heleno. Os noticiários dão conta da prisão de dono de CAC que fornecia armas para o PCC e também que foi desbaratado um esquema de lavagem de dinheiro para o tráfico por Igreja Evangélica. Ainda que o mosaico possa não passar de uma série de coincidências, qualquer jornalista que se preze pode agregar a estas coincidências, inciativas governamentais do governo Bolsonaro como a proibição de rastreamento de armas, a permissão de construção de aeródromos sem a permissão da Aeronáutica e a revogação de portarias que facilitavam o controle sobre armas e munição no país pelo Exército. Aguardam-se os novos capítulos dos noticiários, do jornalismo investigativo e da Polícia Federal.