Deputado Arilson apresenta documentos que comprovam irregularidades e reforça necessidade da CPI da Copel

Blog do Esmael Morais ---- O deputado Arilson Chiorato (PT), coordenador da Frente das Estatais e das Empresas Públicas, destacou, de forma bem-humorada, durante a sessão plenária desta quarta-feira (21/06) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), a importância da instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Companhia Paranaense de Energia (Copel). A necessidade da CPI está baseada em duas questões principais. Primeiramente, há a suposta dívida bilionária no valor de R$ 3,2 bilhões, que foi omitida do balanço da estatal. Além disso, surgiram denúncias de irregularidades relacionadas ao processo de privatização da empresa, que ocorreu por meio do mercado de ações, resultando na criação de um capital disperso e sem acionista controlador. Também foram apontadas contratações de serviços milionários sem licitação. O deputado Arilson revelou ter enviado sete expedientes à Copel, mas não obteve resposta para nenhum deles. Para ele, a CPI representa não apenas uma oportunidade para obter respostas às suas perguntas, mas também para esclarecer os questionamentos de todos os membros da Assembleia. Ele ressalta que é uma oportunidade única e democrática. Durante sua fala, o parlamentar rebateu críticas recebidas em relação à sua atuação no caso Copel. Uma das contestações foi em relação à declaração do líder do Governo, deputado Hussein Bakri (PSD), feita durante a sessão plenária do dia anterior (20/06), na qual afirmou que o jornal Estadão havia se retratado em relação à matéria divulgada na semana passada. Bakri também comentou sobre a falta de provas relacionadas às denúncias apresentadas. O texto mencionado foi produzido pelo Broadcast Energia, do Grupo Estado, e posteriormente divulgado no próprio Estadão. A reportagem revelou a existência de uma dívida de R$ 3,2 bilhões imposta pela Câmara Arbitral Brasil-Canadá à Copel, além da tentativa da estatal de anular essa sanção na Justiça do Paraná, que emitiu um parecer negativo. Arilson Chiorato afirmou que não houve retratação por parte do Estadão e que foi acusado injustamente de não apresentar provas. Ele reiterou que possui evidências concretas e trouxe cópias de contratos sem licitação, como um no valor de R$ 28 milhões e outro relacionado à contratação do escritório em que o filho da ex-conselheira Leila Loria trabalhava, no montante de R$ 4,1 milhões. Além disso, destacou a contratação do Banco BTG Pactual por R$ 10 milhões. O deputado ainda revelou ter tido acesso a um documento da Copel, que em breve será divulgado, no qual o escritório de advocacia contratado pela empresa alerta para a possibilidade de aumento do valor da dívida, contradizendo a nota divulgada pela estatal para desacreditar a matéria do Estadão. Diante disso, ele questiona o motivo da gestão da Copel mentir e ressalta a importância da CPI para esclarecer todos esses pontos. Até a manhã desta quarta-feira, o pedido de CPI já havia recebido oito assinaturas, sendo necessárias 18 para que a comissão seja oficialmente instaurada. Arilson Chiorato tem buscado pessoalmente o apoio dos parlamentares para alcançar o número mínimo de assinaturas exigido pela Assembleia.