Tabela salarial dos(as) funcionários(as) de escola, desconto da previdência e reajuste do Piso para aposentados(as) sem paridade estão no centro da pauta
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Educadores(as) de todo Paraná debateram e aprovaram, em Assembleia Estadual online na manhã deste sábado (12), as pautas prioritárias e a jornada de lutas da categoria para o próximo período.
No centro da agenda está o 30 de agosto, dia histórico de luto e de luta da categoria, que contará com mobilização estadual em Curitiba reunindo aposentados(as) e funcionários(as), bem como um dia de Plataforma Zero nas escolas em protesto contra o uso excessivo e obrigatório de dispositivos e aplicativos digitais na rede.
“Não concordamos com a forma como a Secretaria da Educação tem imposto à rotina escolar a exigência de uso das plataformas, que vêm acompanhadas de metas, punições e premiações”, explica Walkiria Mazeto, presidenta da APP. “Defendemos a tecnologia como um recurso didático e de suporte ao ensino e à aprendizagem, de uso opcional, e não como um instrumento de controle e assédio”, completa.
Já o ato em Curitiba terá como pautas a valorização dos(as) funcionários(as) de escola, com reformulação da tabela salarial, a extensão do reajuste do Piso (13,25%) aos(às) professores(as) aposentados(as) sem paridade e o fim do brutal desconto previdenciário. O dia não será de paralisação da rede, mas de mobilização e ato presencial.
O período também será marcado pelo enfrentamento às políticas de meritocracia da Seed e à militarização das escolas, além das reivindicações por mudança nas regras de distribuição de aulas, a alteração da legislação que impõe metas e punições a diretores(as) de escola e o descongelamento do ano de 2021 para contagem de promoções e progressões, entre outros temas como a luta por novo modelo de atendimento à saúde e mudanças na perícia médica.
O tema da saúde, relacionado à contínua precarização do SAS, conecta-se a outras pautas, como a imposição de metas e plataformas digitais. Pesquisa realizada pelo Instituto IPO e a APP-Sindicato em julho deste ano sobre os impactos da plataformização na rede revelou que mais de 70% dos(as) professores(as) relatam adoecimento físicou e/ou mental. Um custo alto para uma política que, segundo 83% da categoria, não resultou em melhorias na aprendizagem.
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APP Sindicato