O deputado federal Glauber Braga (PSOL) sofreu novo abuso judicial. ------
“Soube agora que, além da minha conta pessoal, o juiz SÉRGIO LOUSADA bloqueou tb a de ressarcimento. É onde entram os valores que garantem o exercício do mandato: aluguel de escritório, passagem aérea… A dívida que ele impõe a mim nessa conta, agora, está em mais de 955 mil reais”, escreveu nas redes.
Glauber foi condenado pela justiça por supostamente afrontar uma decisão que proibia a realização de um ato em apoio à deputada estadual Marina do MST (PT) no distrito de Lumiar, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Marina foi hostilizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último dia 12 de agosto. Glauber Braga anunciou a realização de um ato no mesmo local para se solidarizar com a parlamentar.
A partir da convocação dessa convocação, alguns moradores e instituições da região entraram na Justiça para proibir a manifestação, alegando que isso poderia causar ainda mais tumulto no distrito. O juiz Sergio Roberto Emilio Louzada, da 2ª Vara Cível de Nova Friburgo (RJ), emitiu uma liminar atendendo aos pedidos.
O deputado recorreu da decisão na justiça, mas teve o pedido negado. Ele, então, publicou um novo vídeo no qual desmarcou o ato e foi sozinho a Lumiar, no último domingo (27). O juiz Louzada condenou o parlamentar por afrontar a ordem de não realização do evento.
De acordo com a decisão, foi aplicada um multa no valor de R$ 1 milhão e bloqueio das contas de Glauber. Além disso, o magistrado determinou o envio do caso para o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e exigiu que os acontecimentos sejam investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Civil.
O deputado criticou a ordem judicial: “Não sou patrimonialista. O que recebo é utilizado pra pagar as minhas contas, da minha família e pra luta política. Agora, eu pergunto: é justo o juiz Sergio Louzada me aplicar uma multa absurda de 1 milhão de reais e ir descontando cada real do salário até zerar a conta?”.
“Agora ‘só’ devo novecentos e tantos mil. Isso é uma brincadeira de muito mal gosto. É na verdade um grave abuso. O motivo? Ele afirma que eu afrontei o judiciário ao dizer que o cancelamento do ato de solidariedade à deputada Marina do MST era um absurdo”, disse.