Publicado por Jessica Alexandrino - DM ------
O tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan teria tido acesso ao cartão corporativo de Jair Bolsonaro (PL). O militar integra a lista dos presos por tráfico internacional no caso das drogas que foram encontradas em uma das aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) que compunham a comitiva do ex-presidente ao Japão, em junho de 2019.
Piovesan informou que teve acesso ao cartão corporativo para exercício das funções legais e não cometeu nenhuma irregularidade. O jornalista Cleber Lourenço iniciou uma investigação baseada em uma requisição do deputado federal Ivan Valente (PSOL), que há quatro anos buscou saber quais servidores tinham acesso ao cartão do ex-mandatário.
Um ofício de autoria do parlamentar foi encaminhado ao chefe da secretaria-geral da Presidência da República, depois que o Estadão divulgou que a gestão do político do PL aumentou em 16% o gasto com o cartão corporativo e apenas uma fatura foi de R$ 1,1 milhão. Em resposta, o governo federal argumentou dizendo que os gastos dessa fatura foram realizados no período em que Michel Temer (MDB) estava no comando.
Naquele momento, 32 pessoas tinham acesso ao cartão. Desse total, 15 eram militares, sendo 7 da ativa e 8 da reserva. Alexandre Augusto Piovesan aparece na lista de servidor público (de carreira, comissionado ou temporário) que detenha autorização para proceder à execução financeira. Com informações do jornal O Povo.