por José Gil --------
Durante seus shows de despedida por diversos países, incluindo Brasil - e Curitiba - Roger Waters - um ícone mundial do rock progressivo -, faz questão de apoiar publicamente a libertação do jornalista Julian Assange, um australiano sequestrado pelo governo britânico, mantido em prisão ilegal e escandalosa, que corre o risco de ser extraditado aos Estados Unidos da América, onde o governo Biden, fantoche da indústria bélica, pretende condená-lo à prisão perpétua pelo crime de publicar a verdade dos fatos na guerra de invasão do Iraque. Assange mostrou como militares norte-americanos desde o Pentágono ordenavam o assassinato de jornalistas e civis indefesos no Iraque, como num jogo de videogame, usando drones mortais. As imagens que Assange divulgou mostraram a hipocrisia e as mentiras dos militares norte-americanos, que pararam de matar civis indiscriminadamente em Bagdá. Assange salvou centenas de vidas.
Poucos artistas como Roger Waters arriscam suas carreiras para dar voz aos oprimidos, injustiçados e segregados pela sociedade capitalista. No caso de Waters, seu talento musical é muito mais forte que todas as tentativas de silenciá-lo. No Brasil não faltaram exemplos de estupidez por parte de entidades sionistas e jornalistas canalhas atacando o trabalho corajoso e honrado de Roger Waters às vésperas de sua apresentação no Brasil. Todas elas fracassaram porque Waters é um gigante. Ele sofreu perseguições do governo alemão, britânico e francês, e jamais mudou uma vírgula em seu posicionamento político rebelde, revolucionário e criativo.
A parceria entre Roger Waters e Julian Assange é o encontro entre a coragem de dois titãs na luta pela construção de um mundo melhor para todos, na luta - muitas vezes torturante - contra governantes assassinos e terroristas de países capitalistas imperialistas.
Coincidentemente, no mesmo dia em que centenas de curitibanos marchavam pela Rua XV em defesa da Causa Palestina, pedindo o rompimento das relações diplomáticas entre o Basil e o estado fascista de Israel, Rober Waters exibia fotos de crianças palestinas assassinadas por Israel em plena Arena da Baixada, para mais de 30.000 pessoas que aplaudiam de pé as palavras de Waters em defesa da vida e da soberania palestina.
Roger Waters e Julian Assange são nomes gravados em ouro na História da Humanidade, demonstrando que onde há luta, há vida, há esperança.