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A presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, fez uma análise sobre a guerra em Gaza em seu perfil do X (ex-Twitter). Confira:
O massacre de Gaza é uma das páginas mais vergonhosas da humanidade e não há como negar nem muito menos tentar justificar esta realidade.
A retaliação militar do governo de Netanyahu, matando crianças, cercando e bombardeando hospitais, privando a população de água, energia e medicamentos, é de uma crueldade friamente calculada.É ditada pelo ódio e pelo sentimento de vingança.
É tão desumana, e proporcionalmente muito maior, como os ataques do Hamas que deflagaram o atual conflito na região. Ninguém espere do presidente Lula que ele silencie sobre esta situação, até porque Lula orientou nossa diplomacia a construir uma saída negociada no Conselho de Segurança da ONU.
E esta saída, ineditamente aprovada pelo conjunto dos países membros, foi inviabilizada tão somente pelo veto unilateral dos EUA. Ninguém espere que Lula silencie diante de um massacre de crianças e civis inocentes, sem bombas nem fuzis, como o que está acontecendo em Gaza.
E não usem argumentos falaciosos contra alguém que sempre defendeu a paz. Para quem perdeu a família, os amigos, a casa e a pátria, não há diferença se o ataque partiu de um terrorista ou de um genocida, se professa tal ou qual religião.
Interessa antes de tudo que a paz seja alcançada, e esta é a palavra muito clara de Lula. O comovente depoimento da jovem brasileira Shahed Al-Banna, resgatada pelo governo do presidente Lula, é mais forte do que qualquer comentário ou editorial sobre o massacre da população civil da Faixa de Gaza pelo governo de extrema-direita de Israel.
“Quase não há mais Gaza” lamentou Shahed, referindo-se à destruição da cidade onde vivia, da universidade em que estudava, ao bombardeio da sua casa, à morte de amigos e à tragédia que ainda vivem. Diante desse depoimento, desmoronam os argumentos supostamente “racionais”, “políticos” ou “diplomáticos” contra a forte e necessária denúncia de Lula sobre o massacre de Gaza.
Podem ser ferramentas de propaganda de guerra ou mera manipulação política. Mas fazem lembrar o que nos ensinou, há 60 anos, Hannah Arendt, uma corajosa mulher judia, sobre a banalidade do mal. Nada, mas nada mesmo, pode justificar a barbárie.