Na foto, da esquerda para a direita, Mohamad Barakat, Dom Olívio Aurélio Fazza e o sheik Taleb Alimay Jomma, o Imãm da comunidade muçulmana da região.
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Neste momento da vida nacional onde são flagrados diversos casos de intolerância religiosa causados por sectarismo ou ignorância, a cidade de Foz do Iguaçú é um exemplo de tolerância e respeito, ao menos entre cristãos e muçulmanos.
Tudo começou na decada de 80, durante visita do então bispo Dom Olívio Aurélio Fazza ao Centro Cultural Islâmico Beneficente, acompanhado pelo empresário e ex-vereador Mohamad Barakat.
Naquela oportunidade um quadro escrito em árabe chamou a atenção do bispo. Barakat traduziu a inscrição islâmica: "Só existe um único Deus". O bispo gostou da frase e recebeu o quadro de presente. O que os muçulmanos não esperavam aconteceu alguns dias depois, quando o bispo mandou afixar o quadro no gabibete da Diocese de Foz, onde se encontra até os dias de hoje.
Segundo Mohamad Barakat, "trata-se de um exemplo concreto do verdadeiro cristianismo, segundo o qual é preciso amar o próximo, e não discriminar ou perseguir por motivo religioso. Foz do Iguaçú deu um exemplo mundial, algo inédito nos últimos 1.500 anos. E além disso, tanto o cristianismo quanto o islamismo pregam a necessidade de dividir o pão - algo inviável no capitalismo."