Tática de guerrilha do Hamas surpreende Tel Aviv --------
Por Luiz Carlos Azenha - Revista Forum ------
A máquina mortífera de Israel, com a mais alta tecnologia militar existente, associada a um competente serviço de espionagem, o Mossad, era imbatível até 7 de outubro de 2023.
O bárbaro ataque do Hamas, que matou e sequestrou civis inocentes, inclusive crianças e bebês, deixou claro que não era bem assim.
Guardadas as devidas proporções, faz lembrar a batalha de Cuito Cunavale, em 1988, quando tropas cubanas aliadas ao Movimento Popular de Libertação de Angola impuseram derrota ao regime racista da África do Sul, que encerrou sua intervenção direta na guerra civil de Angola.
A vitória dos morenos cubanos demonstrou que o exército branco racista não era imbatível e, eventualmente, foi um dos fatores que levaram ao fim do apartheid na África do Sul, antes tornando a Namíbia um país independente.
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DIFICULDADES------
Israel, com formidável apoio dos Estados Unidos, continua tendo uma das máquinas de guerra mais mortíferas do planeta, capaz de atacar em várias frentes, de promover execuções extrajudiciais e contar com um arsenal nuclear estimado em 300 ogivas como fator de dissuasão.
Ainda assim, surpreende a dificuldade que está enfrentando para derrotar o Hamas, com seus foguetes caseiros e lançadores de anti-tanques de produção local.
Meio milhão de palestinos que vivem em Gaza correm o risco de morrer de fome, mais de 25 mil já foram mortos, houve deslocamento em massa da população -- e ainda assim o Hamas segue lançando foguetes contra Israel.
O combate homem a homem tem causado baixas antes impensáveis para Israel, que perdeu 21 soldados em um único incidente.
Na versão do diário israelense Haaretz, uma tropa israelense estava preparando a demolição de um prédio, parte do objetivo de criar uma faixa vazia de um quilômetro no entorno de Gaza.
Militante ou militantes do Hamas dispararam morteiros contra um tanque que dava proteção aos soldados e contra o prédio, causando o desabamento que soterrou um grupo de militares das Forças de Defesa de Israel.
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110 DIAS-----
A ofensiva de Israel em Gaza completa 110 dias nesta quarta-feira, 24. A expectativa mais otimista é de que, a essa altura, Israel já teria destruído completamente o Hamas.
Na avaliação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, quase 70% da capacidade militar do Hamas já foi destruída.
Porém, as agências de inteligência dos Estados Unidos estimam em 20% a 30%, de acordo com o diário conservador Wall Street Journal.
Mesmo que haja uma vitória militar iminente, a derrota política e diplomática do governo de Benjamin Netanyahu é evidente.
Encerrada a guerra, há consenso de que Netanyahu será apeado do poder.
Israel sofre isolamento internacional, refletido na ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça e mesmo nas pesquisas de opinião com o jovem eleitorado dos Estados Unidos -- 51% dos entrevistados em uma pesquisa, que ouviu apenas pessoas de 18 a 24 anos de idade, acreditam que Israel deve deixar de existir e as terras entregues aos palestinos; 67% concordam com a ideia de que os judeus de Israel "são opressores".
Embora o governo de Israel majoritariamente negue que depois da guerra haverá uma solução de dois estados, conservadores da Arábia Saudita, dos Estados Unidos e da União Europeia continuam apostando nesta saída.
Extinto o Hamas, se isso um dia de fato acontecer, o movimento continuará assombrando o futuro político de Israel, uma vez que a grande maioria dos palestinos sob ocupação rejeitam a Autoridade Palestina de Mahmoud Abbas -- como serviçal de Tel Aviv.
Não há no horizonte saída política que afaste os militares de Israel da imposição de um apartheid aos palestinos como se viu na África do Sul -- de tropas brancas em relação à população civil negra -- pois o governo Netanyahu quer soberania indefinida sobre os territórios ocupados.
Em 7 de outubro, o Hamas abriu uma caixa de Pandora sobre a qual um dos países militarmente mais fortes do planeta, Israel, perdeu o controle.
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Nota da redação - Essa estória de que Israel tem um dos exércitos mais poderosos do mundo é fake news. Eles tem muito dinheiro dos banqueiros internacionais, dos governos covardes dos EUA e União Européia, mas tem péssimos soldados, na maioria mercenários que lutam por dinheiro e não por uma causa, por isso o palestinos estão vencendo a guerra no corpo-a-corpo, restando a Israel apenas a opção covarde e assassina de explodir edifícios residenciais e a infraestrutura da Palestina ocupada, sob o silêncio criminoso da ONU e da maioria dos governantes das nações.
Uma das palavras mais lidas na internet é ¨Israel tem soldados de fraldas¨, eles se borram quando enfrentam a resisitência palestina
. A grande mentira do poderio militar israelense é comprovada quando Israel pede socorro aos governos dos EUA, Inglaterra, França e Alemanha para enfrentar o Hamas e os Houtis.