Helena Kollontai --- site Pátria Latina ------
Duarte Raab Pires, lobista a serviço de Israel e agente do Mossad foi indicado
pelo embaixador sionista no Brasil, Daniel Zonshine, e nomeado pelo Diretor
Executivo substituto da Polícia Rodoviária Federal – PRF, Roberth Aguiar
Campos, amigo do filho do general Santos Cruz, para ser o Coordenador de
Cooperação Internacional da PRF. Ou seja, o Mossad está dentro da estrutura
de um órgão de estado no Brasil.
Raab Pires nasceu em Pernambuco e possui 3 nacionalidades: brasileira,
portuguesa e israelense. Morou em Israel, sendo diretamente ligado ao IDF
(Forças militares de Israel) e com atuação na Guerra do Líbano. Ele teve
participação direta na compra do programa espião israelense usado pela família
Bolsonaro e demais agentes fascistas durante o governo passado.
Raab atua há tempos como lobista de Israel, tentando convencer todos os ex-
diretores da PRF a estreitarem laços com aquele país e estabelecerem laços
comerciais. Marca inclusive jantares e almoços fora da agenda entre diretores e
representantes do Estado de Israel. Possui livre trânsito na embaixada
israelense.
Pelas informações obtidas, acredita-se que Duarte Raab está infiltrado há anos
no Brasil a serviço do estado de Israel, chegou, inclusive, a articular diversas
visitas de ex-diretores da PRF ao estado sionista, organizando encontros em
ministérios e instalações militares nesse enclave que atua contra a paz e o
equilíbrio regional e no mundo. Raab gosta de afirmar que é muito querido por
lá.
Essa nomeação evidencia a política de militarização das forças policiais em
nosso país. Ainda em dezembro, foi aprovada uma nova Lei Orgânica das
Polícias Militares sancionada como Lei no 14.751, de 12 de dezembro de 2023,
publicada no DOU de 13 de dezembro de 2023, revogando os dispositivos do
Decreto-Lei no 667, de 02 de julho de 1969. Uma lei que consegue ser pior do
que a lei que geria as polícias em 69. Isso é na verdade uma retomada de um
projeto de 2001 do governo FHC, que foi tirado da gaveta pelo deputado federal
capitão Augusto, policial militar de São Paulo, no final do governo Bolsonaro.
Essa lei é composta por 44 artigos e 8 capítulos e revoga o decreto de 69, da
ditadura militar, poucos meses depois do AI-5. Essa lei evidencia a ampliação da
militarização e autonomia das forças militares contra as populações periféricas,
quase que uma carta branca do governo brasileiro aos militares, que agora
podem avançar em sua repressão pois a mesma está institucionalizada. Tal ação
somada aos comandos da SouthCom, junto com a Americapol, mostra a
ascensão da extrema direita e a perda da autonomia e soberania nacional dos
países de nossa América Latina. Não só isso, a política de privatização dos
presídios brasileiros, que vêm avançando, abre as porteiras para esse projeto de
militarização.
Somado a isso, ainda em novembro, o Mossad fez com que dois artistas de
samba fossem presos, acusados como terroristas, e o governo brasileiro
permitiu, mesmo depois tendo que libertar os músicos.
Não podemos permitir que setores que alimentam a violência contra o povo e a
perda da soberania nacional ampliem seu poder em nosso território com a
militarização e interferência direta nas políticas de segurança pública.
No atual momento que se descobre as ações de espionagem realizadas durante
o governo Bolsonaro, as quais continuaram depois da vitória do presidente Lula,
e quando há um recrudescimento das ações do órgão de espionagem e
sabotagem de Israel no mundo, especialmente na América Latina, com a
organização e coordenação das políticas impostas contra os povos equatoriano
e argentino, com o denominado Plano Condor 2.0, o governo brasileiro entregar
o Departamento de Relações Internacionais da PRF para um agente terrorista,
a serviço da guerra, trará graves consequências a paz regional.
O presidente Lula e seu governo deve tomar uma atitude imediata demitindo o
espião e rompendo relações com Israel, diante da ingerência comprovada do
embaixador, Zonshine, que chegou a fazer uma reunião com os parlamentares
da extrema direita e Bolsonaro dentro do Congresso Nacional para desestabilizar
o governo de Lula.
Precisamos denunciar a escalada da militarização das forças militares e
intervenção imperialista em nosso território. Não aceitamos a interferência na
soberania nacional. É inaceitável o Mossad ter dentro da estrutura de um órgão
de Estado, como a PRF, um agente. É inaceitável que nossos povos, já
marginalizados, sejam mortos e violentados pela força repressiva do Estado
burguês que serve aos interesses do imperialismo, como é o caso da Mossad,
Americapol, CIA, SouthCom… As massas e populações periféricas são o
principal alvo de violências e extermínio desse projeto fascista, sempre para
garantir a aumento da exploração das riquezas nacionais para garantir maior
riquezas aos sionistas. Defender o fim da militarização institucionalizada pelo
governo é defender a soberania nacional.