Blog do Esmael Moraes -------
O retorno do pedágio mais caro do mundo no Paraná: Ratinho Junior e Globo celebram, enquanto a população paga o preço
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Nesta quarta-feira (28/2), as novas concessionárias dos lotes 1 e 2 assumiram as operações nas rodovias paranaenses, trazendo consigo a controversa volta do pedágio mais caro do mundo. Em meio à crise de abstinência, o governador Ratinho Junior (PSD) e a emissora RPC, afiliada da Globo no estado, celebram antecipadamente, ignorando as preocupações da população.
Apesar de terem retomado as rodovias, a cobrança da tarifa do pedágio está prevista para iniciar apenas no final de março. No entanto, Ratinho e Globo já estão ansiosos, fazendo a contagem regressiva para a implementação de tarifas que prometem ser exorbitantes. A ansiedade não é à toa, pois, como visto no contrato anterior expirado em 2021, as concessionárias cobraram tarifas e reajustes sem cumprir as obras previstas, resultando em prejuízos estimados em R$ 10 bilhões para as rodovias paranaenses.
Os contratos firmados pelo governo do Paraná garantem que o pedágio mais caro do mundo terá uma durabilidade de 30 anos. Isso significa que os motoristas serão obrigados a enfrentar tarifas elevadas e a ausência de obras relevantes até o longínquo ano de 2054. A pergunta que fica é: por quanto tempo a população suportará esse ônus?
O título de “pedágio mais caro do mundo” vai além de uma mera figura de retórica. O que consolida essa má fama são as tarifas abusivas e a falta de execução das obras previstas nos contratos – alvos de aditivos favoráveis à concessionários, contrários aos interesses da sociedade. Enquanto as rodovias do Nordeste brasileiro ostentam qualidade, sendo duplicadas e sem a cobrança do pedágio, as rodovias paranaenses se veem presas a um serviço dispensável que aumenta os custos das mercadorias e retira a competitividade dos produtos.
A iminente volta do pedágio mais caro do mundo desenha um cenário desolador para os motoristas paranaenses. Além de enfrentarem tarifas exorbitantes, salvo alguma pintura na pista e roçagem no mato, eles continuarão a sofrer com a ausência de melhorias significativas nas vias, contribuindo para um ciclo vicioso de prejuízos e insatisfação.
A disparidade entre as rodovias do Nordeste brasileiro, bem conservadas e sem pedágio, e as do Paraná, submetidas a tarifas astronômicas e sem as devidas melhorias, destaca a falta de prioridade do governo para com a população. Enquanto em uma região as estradas são um tapete, no Paraná, os motoristas enfrentam buracos e custos adicionais.
A celebração de Ratinho Junior e da Globo diante do retorno do pedágio mais caro do mundo contrasta com a realidade enfrentada pela população paranaense. Com contratos que permitem abusos tarifários e negligenciam obras essenciais, os motoristas são deixados à mercê de um serviço que mais prejudica do que beneficia. Resta aos cidadãos do Paraná questionar por quanto tempo aceitarão ser reféns desse pedágio que, longe de melhorar as vias, apenas sobrecarrega os bolsos e a paciência daqueles que transitam por suas estradas.
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