Jornal afirma que "Lula mina a confiança no Brasil", quando ocorre justamente o contrário ---------
247 – O jornal O Globo, que apoiou o golpe de estado de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff, e a prisão política do presidente Lula, fenômenos que permitiram a ascensão de Michel Temer para que ele transferisse a renda do petróleo brasileiro para acionistas minoritários da Petrobras, publica editorial nesta quarta-feira, que agride Lula e distorce a realidade. Intitulado "Lula mina a confiança no Brasil", o jornal afirma que, "ao intervir na Petrobras, presidente corrói credibilidade do mercado e prejudica desenvolvimento".
O texto agride a história porque, quando presidiu o Brasil entre 2003 e 2010, Lula resgatou a confiança no Brasil, acumulou mais de US$ 300 bilhões em reservas internacionais e fez com que o País alcançasse o grau de investimento. Neste terceiro mandato, Lula também resgatou a credibilidade no Brasil, destruída nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que haviam transformado o país em pária internacional.
O objetivo do Globo, com este editorial, é pressionar a Petrobras a retomar a política de dividendos abusivos. "Desde 2021, a Petrobras distribui entre os acionistas uma fatia extra dos lucros quando obtém bons resultados, os dividendos extraordinários. A expectativa de que voltassem a ser distribuídos neste ano alavancou as ações. O presidente da petroleira, Jean Paul Prates, defendia a distribuição de 50% do resultado extraordinário em dividendos, mas tal visão não prevaleceu no Conselho. Na semana passada, a Petrobras comunicou que pagaria apenas dividendos ordinários, mas nada de dividendo extraordinário", escreve o editorialista.
"São nítidas as digitais de Lula na decisão. Ele encara a petroleira estatal como instrumento de política pública", prossegue, quando, na verdade, a Petrobras é uma empresa pública e que, portanto, tem diversas funções públicas, como a de garantir o abastecimento de derivados no mercado brasileiro a um preço justo e competitivo.
No editorial, o Globo também se posiciona contra a retomada de investimentos em refino pela Petrobras e, na prática, defende um modelo predatório de exploração das riquezas nacionais. "Cada movimento desses não só destrói valor, mas também corrói a credibilidade do capitalismo brasileiro, essencial para promover o desenvolvimento que Lula afirma defender", escreve o editorialista do Globo, que, na realidade, defende um Brasil espoliado e subdesenvolvido.