O Antagonista -----
Durante dois anos o Kremlin reprimiu o uso da palavra “guerra” com multas e penas de prisão, impondo o eufemismo oficial “operação militar especial”. Agora, admite estar em guerra e põe a culpa no Ocidente. -------
Pela primeira vez, a Rússia afirma estar em “estado de guerra”. Já não se trata apenas de uma “operação militar especial”. A Rússia está “em estado de guerra” na Ucrânia, declarou esta sexta-feira, 22 de março, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa entrevista divulgada pela agência de notícias russa Tass.
“Estamos em estado de guerra. Sim, começou como uma operação militar especial, mas assim que esse grupo se formou ali, quando o Ocidente coletivo participou dela ao lado da Ucrânia, para nós já se tornou uma guerra. Estou convencido. E todos devem compreender isto para se mobilizarem pessoalmente”, explicou Dmitry Peskov.
Pela primeira vez, a Rússia afirma estar em “estado de guerra”. Já não se trata apenas de uma “operação militar especial”. A Rússia está “em estado de guerra” na Ucrânia, declarou esta sexta-feira, 22 de março, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa entrevista divulgada pela agência de notícias russa Tass.
“Estamos em estado de guerra. Sim, começou como uma operação militar especial, mas assim que esse grupo se formou ali, quando o Ocidente coletivo participou dela ao lado da Ucrânia, para nós já se tornou uma guerra. Estou convencido. E todos devem compreender isto para se mobilizarem pessoalmente”, explicou Dmitry Peskov.
Durante dois anos o Kremlin reprimiu o uso da palavra “guerra” com multas e penas de prisão, impondo o eufemismo oficial “operação militar especial”.
Vários altos funcionários, porém, durante os dois anos de conflito, já usaram a palavra “guerra” em declarações públicas, mas sempre em referência à guerra que o Ocidente travaria contra a Rússia através da Ucrânia e não no que diz respeito ao ataque russo em si.
Questionado pela imprensa sobre o destino daqueles que foram condenados pelo uso da palavra, Dmitry Peskov sugeriu que não se deve esperar que o uso do termo num contexto crítico à Rússia seja autorizado.
“A palavra ‘guerra’ é usada em diferentes contextos. Compare meu contexto com o contexto dos casos (de condenados) que você cita”, disse ele.
Na mesma entrevista, Peskov recordou também o objetivo do Kremlin de conquistar completamente as quatro regiões ucranianas (Kherson, Donetsk, Lugansk e Zaporizhia) cuja anexação é reivindicada por Moscou desde setembro de 2022.
Kiev, por sua vez, diz que a anexação da Rússia foi uma apropriação ilegal de terras e não irá parar até que todos os soldados russos sejam expulsos do seu solo.
A Ucrânia também está determinada a recuperar a península da Crimeia, no Mar Negro, que a Rússia lhe tirou em 2014. Moscou, que investiu pesadamente na Crimeia, afirma que a península faz parte da Rússia e que o seu estatuto está definido de uma vez por todas.
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Cidades ucranianas sob ataque cerrado ---- Um dia após o atentado terrorista com participação do governo da Ucrânia - embora a mídia ocidental negue o fato - o governo russo desencadeou uma série de ataques às principais estruturas das maiores cidades ucranianas. Mísseis russos estão atingindo centenas de alvos nas cidades ucranianas eliminando o abastecimento de energia elétrica e internet. Estaçõs ferroviárias também foram atacadas. Quartéis e centros de comando militar estão sendo destruídos.
Cidades ucranianas recebendo fortes bombardeios russos
