Deltan Dallagnol.
Créditos: Giuliano Gomes/PR Press/Folhapress
----------
Deputado cassado se diz, mais uma vez, perseguido pelo PT, de Lula, e pelo STF e suplica por mais interferências do bilionário no Brasil-----------
O ex-procurador-chefe da Lava Jato e deputado federal cassado, Deltan Dallagnol, publicou na noite desta quinta-feira (18), um longo texto em inglês em sua conta do X, antigo Twitter, em que, de maneira sabuja e desesperada, pede ajuda ao bilionário Elon Musk.
Na mensagem, Dallagnol se apresenta e repete a sua cantilena de que teria sido perseguido no Brasil pelo PT, “o partido de Lula” e também pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Como você se interessou pelo Brasil, pensei em compartilhar minha história com você para que você possa ter uma visão mais detalhada da escala de abuso, autoritarismo e vingança que vivemos atualmente em nosso país”, suplica o ex-procurador.
O deputado cassado ainda se coloca frontalmente contra a regulação das mídias sociais: “opus-me particular e fortemente à legislação que o governo Lula, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral (Tribunal Superior Eleitoral ou TSE, liderado por Alexandre de Moraes) tentaram aprovar e que criaria regulamentações sobre as mídias sociais, o que muitos, inclusive eu, entendo que vão criar um regime oficial de censura no Brasil”.
Oi @elonmusk, meu nome é Deltan Dallagnol e fui o promotor-chefe federal no caso Lava Jato (a investigação Lava Jato), que levou Lula à prisão por acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, ao lado de muitos outros políticos e empresários poderosos no Brasil.
Como você se interessou pelo Brasil, pensei em compartilhar minha história com você para que você possa ter uma visão mais detalhada da escala de abuso, autoritarismo e vingança que vivemos atualmente em nosso país.
Em outubro de 2022, fui eleito para o Congresso do Brasil com o maior número de votos do estado do Paraná e o 7º maior número de votos do Brasil: 344.917 eleitores optaram por me eleger como seu representante no Congresso.
Decidi concorrer ao cargo para defender o legado da Lava Jato e me opor, no Congresso, a qualquer legislação que reverta os resultados alcançados pela Lava Jato ou prejudique a estrutura legal anticorrupção do Brasil.
Eu também queria ter uma plataforma pública para denunciar quaisquer decisões do Supremo Tribunal Federal que colocariam em risco a capacidade do Brasil de punir crimes de colarinho branco. Essa plataforma eleitoral repercutiu profundamente entre os eleitores que viram com revolta os sucessivos golpes contra a Lava Jato e o retorno de políticos conhecidos corruptos a cargos públicos devido à impunidade.
Durante minha passagem pelo Congresso, fiz forte oposição ao governo Lula e às decisões cada vez mais autoritárias do Supremo Tribunal Federal, que puniu e ainda pune dissidências, criminalizando opiniões conservadoras e censurando críticos, como vocês sabem muito bem, já que está acontecendo contra você agora.
Opus-me particular e fortemente à legislação que o governo Lula, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral (Tribunal Superior Eleitoral ou TSE, liderado por Alexandre de Moraes) tentaram aprovar e que criaria regulamentações sobre as mídias sociais, o que muitos, inclusive eu, entendo que vão criar um regime oficial de censura no Brasil.
Durante a campanha de impeachment da minha candidatura, o Partido dos Trabalhadores, de Lula, alegou que eu era inelegível para concorrer porque supostamente havia deixado o cargo de procurador federal com processos administrativos pendentes contra mim, o que pela lei brasileira teria me tornado inapto para cargo eleitoral por 8 anos.
Comprovei com documentos legais do Ministério Público Federal que não tinha nenhum processo administrativo pendente contra mim quando deixei o cargo, o que aconteceu quase um ano antes da eleição.
Ganhei a causa por unanimidade na Justiça Eleitoral do Paraná e o Partido dos Trabalhadores recorreu ao TSE. Tanto no Paraná quanto em Brasília, o Ministério Público Federal argumentou que eu era perfeitamente elegível para concorrer e que o caso do Partido dos Trabalhadores não tinha mérito jurídico.
No TSE, sob a liderança de Moraes, o juiz que atuou como relator do meu caso, Benedito Gonçalves, redigiu um parecer jurídico que, embora reconhecendo que não havia nenhum processo administrativo pendente contra mim, ampliou a interpretação da lei para me punir, concluindo assim que não poderia ter concorrido, fazendo-me perder minha cadeira no Congresso e destituindo meus 344.497 eleitores.
O próprio juiz Benedito Gonçalves foi citado no caso Lava Jato, uma vez que foi implicado por um dos principais denunciantes da operação, o executivo da OEA Léo Pinheiro, o que imediatamente colocou a decisão de Benedito contra mim sob suspeita de parcialidade pessoal.
No final, a decisão de Benedito foi seguida por todos os outros 6 juízes eleitorais, incluindo Moraes, numa decisão extremamente rápida que durou apenas 66 segundos, o que é particularmente estranho e inédito num caso de tão grande repercussão, em que todas as outras opiniões, de tribunais inferiores e do Ministério Público Federal, já haviam sido unânimes em contrário.
Um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, ao ser questionado pela imprensa para comentar a decisão, criticou o TSE e disse que o resultado foi “claramente manipulado”.
A decisão do TSE de me destituir do cargo foi objeto de editoriais e críticas contundentes de todos os principais jornais do Brasil: Folha de S. Paulo, O Globo, Estadão, Gazeta do Povo e muitos outros, que apelaram ao Supremo Tribunal Federal para ouvir meu caso e reverter a decisão do TSE, pois era claramente contra a lei.
A decisão também causou alvoroço e descrença em muitos jornalistas, advogados, juristas e na sociedade civil em todo o país. Mesmo juristas e advogados progressistas e de esquerda que não gostam da Lava Jato ou de mim e são simpáticos a Lula se opuseram à decisão do TSE de me afastar do Congresso. A ONG global anticorrupção Transparência Internacional também divulgou um forte comunicado de imprensa condenando a decisão do TSE de me destituir ilegalmente do cargo.
No final, declarei que não apelaria ao Supremo Tribunal Federal para restaurar meu cargo porque não acredito que o Supremo Tribunal Federal do Brasil fosse capaz de fazer justiça no meu caso, ou em muitos outros, nesse sentido, e as razões para isso minha descrença está agora mais clara do que nunca.
Agora trabalho como embaixador nacional do partido de direita @partidonovo30, ao lado @marcelvanhattem e muitas outras pessoas corajosas que se opõem ao governo Lula, às decisões abusivas do nosso Supremo Tribunal Federal e ao crescente regime de censura no Brasil.
@elonmusk, por favor, ajude-nos a denunciar o que está acontecendo no Brasil compartilhando nossas vozes e nossas histórias!