Ex-candidato de Bolsonaro a prefeito de Curitiba é denunciado por associação criminosa, tráfico de influência e desvio de dinheiro público
Deputado missionário Ricardo Arruda (PL), foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MP-PR) por suspeita de associação criminosa, tráfico de influência e peculato (desvio de dinheiro público).
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O Ministério Público do Paraná pediu o afastamento do deputado estadual missionário Ricardo Arruda após denúncia de rachadinha -----------
O missionário e deputado estadual Ricaro Arruda (PL) era pré-candidato a prefeito de Curitiba pelo PL, com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, apesar das denúncias de corrupção que pesavam sobre o deputado. Entretanto, recentemente Arruda entrou em rota de colizão com a família Bolsonaro ao gravar sem autorização uma reunião com Bolsonaro e lideranças do partido em Brasília. Desde então ele virou persona non grata no PL e na família Bolsonaro. Durante alguns meses Ricardo Arruda usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná para elogiar o atual presidente Ademar Traiano (denunciado por corrupção no escândalo da TV Assembleia) e atacar o deputado Renato Freitas (PT) e o presidente Lula.
Arruda e três assessores que trabalhavam em seu gabinete teriam recebido perto de meio milhão de reais, entre os anos de 2016 e 2017. A denúncia foi divulgada pelo jornal Boa Noite Paraná, da RPC, nesta terça-feira (14). A reportagem teve acesso à íntegra da denúncia que foi formalizada pelo MP-PR em 2020. O caso permanecia em segredo de justiça para não atrapalhar as investigações.
O Ministério Público do Paraná denunciou o deputado estadual Ricardo Arruda (PL) pelos crimes de concussão, quando um servidor público exige para si vantagem indevida em função do cargo que ocupa, e de lavagem de dinheiro. A denúncia está com o desembargador do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná, Jorge Vargas, com um pedido de afastamento do missionário Arruda do mandato de deputado estadual.
Atualmente o pedido de afastamento não consta na denúncia apresentada pelo MP, mas foi confirmado tanto por uma fonte do MP quanto do TJ paranaense de que está encartado nos autos. Não há prazo para que o desembargador decida sobre o recebimento da denúncia criminal e pelo afastamento do deputado bolsonarista.