Advogado afirmou que plano contava com os R$ 2,5 bilhões que o CNJ acusa a operação de tentar desviar com fundação "voltada ao atendimento a interesses privados”
247 - O advogado Roberto Bertholdo afirmou, por meio de suas redes sociais, que membros da força-tarefa da Lava Jato, liderados pelo ex-procurador Deltan Dallagnol, planejavam criar um canal de televisão financiado pelo montante de R$ 2,5 bilhões originados de acordos de colaboração premiada com a Petrobras.
"Há pouco me relataram que Deltan Dallagnol, seguro de que teria disponível para gastar os R$ 2,5 bilhões que os procuradores estavam por se apropriar em acordo homologado pela juíza afastada Gabriela Hardt, discutiu com a Transparência Internacional a contratação de uma consultoria para a elaboração de um business plan - um plano de negócios - para a sonhada Fundação da Lava Jato. Antecipadamente Dallagnol e Carlos Fernando Santos Lima, planejavam criar um canal de TV próprio", disse.
O advogado ainda relatou que "também participava deste plano um jornalista que àquela época era sócio de um site de notícias/fofocas."
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ENTENDA - De acordo com a revista Veja, o ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro, a juíza afastada Gabriela Hardt e o ex-procurador e ex-deputado cassado, Deltan Dallagnol, se uniram para desviar 2,5 bilhões de reais do Estado brasileiro através de uma fundação "voltada ao atendimento a interesses privados”.
A acusação consta do relatório da investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre irregularidades na Lava Jato, em Curitiba. Um dia após o CNJ afastar Hardt do Judiciário, Moro é alvo de julgamento no órgão. O CNJ ainda diz que “o desvio do dinheiro só não se consumou em razão de decisão do Supremo Tribunal Federal”.