por Messias Mendes Almeida -------
De acordo com o jornalista Ricardo Noblat, com décadas de experiência na cobertura dos bastidores da política em Brasília, dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal só André Mendonça não ficou estupefato com a decisão de Nunes Marques de liberar o bicheiro Rogério Andrade da tornozeleira eletrônica.
Mas não foi a primeira decisão do magistrado a favor do mafioso carioca. Kássio Nunes Marques já havia se condoído do mafioso no carnaval e o liberou para ir ao Sambódromo assistir sua mulher desfilar como rainha da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel.
Em 2021 o ministro recém indicado pelo presidente Bolsonaro para ocupar a vaga de Celso de Mello no STF revogou a prisão do bicheiro, determinada pela justiça do Rio. Três meses depois, o mesmo Nunes Marques trancou uma ação em que Rogério Andrade era acusado de mandar matar um rival da contravenção.
Ano passado, o ministro mandou soltar Gustavo Andrade, que havia sido preso com o pai, justamente Rogério. Por essas e por outras, é que os colegas de Nunes Marques, exceto o também bolsonarista André Mendonça, andam externando seu constrangimento por ter na mais alta corte de justiça do país colega tão condescendente com um notável chefe de organização criminosa.
