Lula discursa sobre Julian Assange na ONU (Foto: Reuters/Henry Nicholls | Ricardo Stuckert / PR)
--------------
Nesta segunda-feira, um tribunal britânico pode tomar uma decisão final sobre a extradição de Julian Assange
--------------
247 - Nesta segunda-feira, um tribunal britânico pode tomar uma decisão final sobre a extradição de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para os Estados Unidos, encerrando 13 anos de batalhas legais e detenções. O presidente Lula usou suas redes sociais para defender a liberdade do jornalista.
“Julian Assange, o jornalista que deveria ter ganhado o Prêmio Pulitzer ao revelar segredos dos poderosos, ao invés disso está preso há 5 anos na Inglaterra, condenado ao silêncio de toda a imprensa que deveria estar defendendo a sua liberdade como parte da luta pela liberdade de expressão. Espero que a perseguição contra Assange termine e ele volte a ter a liberdade que merece o mais rápido possível”, disse.
Dois juízes do Tribunal Superior de Londres decidirão se estão satisfeitos com as garantias dos EUA de que Assange, de 52 anos, não enfrentará a pena de morte e poderá contar com o direito à liberdade de expressão garantido pela Primeira Emenda em um julgamento nos EUA por espionagem.
A equipe jurídica de Assange afirma que ele pode ser extraditado em até 24 horas após a decisão, pode ser libertado da prisão ou o caso pode, novamente, se arrastar por meses de batalhas legais. "Tenho a sensação de que qualquer coisa pode acontecer neste estágio," disse sua esposa, Stella, na semana passada. "Julian pode ser extraditado, ou pode ser libertado." Ela disse que seu marido espera estar no tribunal para a audiência crucial.
O WikiLeaks divulgou centenas de milhares de documentos militares secretos dos EUA sobre as guerras de Washington no Afeganistão e no Iraque - as maiores violações de segurança desse tipo na história militar dos EUA - além de numerosos telegramas diplomáticos. Em abril de 2010, publicou um vídeo classificado mostrando um ataque de helicóptero dos EUA em 2007 que matou uma dúzia de pessoas na capital iraquiana, Bagdá, incluindo dois jornalistas da Reuters.