Mercenários brasileiros revelam segredos do front

Alguns sites na web publicam entrevistas com mercenários brasileiros que atuam na Ucrânia e países africanos. Em um desses sites, uma entrevista chama particularmente a atenção porque o entrevistado - um militar do RJ -, mercenário que atua na Ucrânia, revela alguns fatos importantes, a saber: 1 - A Legião Estrangeira, francesa, está aumentando o envio de mercenários (ele chama de legionários) para a Ucrânia diante dos avanços das tropas russas em várias frentes; 2 - Alguns mercenários brasileiros estão assumindo postos de comandantes de grupos e instrutores, e recebendo, como recompensa por serviços prestados (entenda-se ações terroristas), a cidadania francesa; 3 - Nos últimos anos os salários pagos aos mercenários estrangeiros está sendo reduzido diante do grande número de interessados. No passado qualquer contrato com empresas de segurança norte-americanas ou europeias girava em torno de 20 mil dólares mensais. Hoje os valores oscilam entre 10 e 12 mil dólares, livre de alimentação e hospedagem; Na Ucrânia o maior problema é receber os valores contratados. Grande parte dos salários desaparecem na corrupção dos generais ucranianos e sofrem atrasos de até 1 ano; 4 - Nos últimos meses aumentou o número de mercenários norte-americanos, franceses, poloneses e canadenses na Ucrânia; 5 - Os mercenários latino-americanos e africanos tem como característica a união. Eles se reunem para as refeições, para os banhos, para reuniões e até no campo de combate, onde se auxiliam mutuamente. Por outro lado, os mercenários norte-americanos, canadenses e europeus são muito individualistas, não se reúnem, não mantem contatos entre eles; 6 - Os mercenários norte-americanos e canadenses são impróprios para atuações estrangeiras sem suporte de base militar que fornecem mordomias. Estão acostumados com sanduíches do MacDonalds e refrigerantes. Sem esses ítens eles ficam nervosos e irritados; 6 - A França aumentou o número de mercenários estrangeiros em países africanos para tentar deter o atual avanço do nacionalismo africano. Várias ex-colônicas francesas se rebelaram e proclamaram independência; 7 - Em algumas frentes no continente africano a Legião Estrangeira fornece informações militares aos terroristas de grupos islâmicos, permitindo que eles tenham avanços controlados para enfraquecer os nacionalistas; 8 - Grande parte dos mercenários brasileiros no exterior são oriundos das Forças Armadas, das polícias militares e de empresas de segurança privada; 9 - A maior empresa norte-americana de mercenários estrangeiros é a Aquila International (Blackwater). Atua em vários países e fazem o serviço sujo com apoio da CIA no assassinato de políticos e lideranças de países que não se submetem ao governo norte-americano. A empresa tem um orçamento superior ao de muitos países e divisões de inteligência, explosivos, snipers, infantaria, helicópteros, aeronaves etc; 10 - Para comandar os mercenários brasileiros a Aquila International (Blackwater) contratou um general da reserva do Exército brasileiro; 11 - Centenas de mercenários brasileiros contratados por empresas particulares de segurança foram subcontratados e não receberam os valores prometidos; 12 - Além dos salários os mercenários recebem bônus que podem multiplicar os salários ao serem enviados para frentes de combate, de onde a maioria não retorna com vida. Como se sabe, a Convenção de Genebra não reconhece os mercenários como soldados ou militares, e quando são aprisionados podem sofrer torturas ou serem mortos sem nenhum apoio jurídico ou de legislação internacional. Esses mercenários lutam apenas pelo dinheiro, e como tal, no front, eles fogem dos combates corpo-a-corpo ou de situações de perigo extremo. Quando morrem em combate seus corpos são deixados para apodrecer nos locais onde tombaram, uma vez que nenhuma autoridade nacional ou estrangeira tem interesse em resgatá-los. Muitos são assassinados pelos próprios companheiros quando recebem pagamentos vultuosos.