foto Ricardo Stuckert
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Mirando esvaziar ações do governo Lula no Rio Grande do Sul, mídia parte para intensa agenda de entrevistas e exposição do governador Eduardo Leite para tentar limpar sua imagem atingida em cheio pela lama das enchentes --------------
Não é do nada nem por acaso que umas notícias surgem na nossa frente e outras não. Também não é por acaso o destaque que algumas recebem em detrimento de outras.
A mídia tem sua agenda própria e tenta impô-la a seu (e)leitorado. A do momento é a tentativa de reabilitação de seu candidato preferido como Terceira Via para 2026, Eduardo Leite, abatido sem piedade por sua absoluta incompetência em prevenir a tragédia das enchentes e também em enfrentá-la.
Eduardo Leite está cumprindo intensa agenda de entrevistas para impedir o efeito Lula, efetivamente quem está dando o atendimento que o Rio Grande do Sul necessita diante da calamidade das enchentes.
Entrevistas À Folha e ao Globo, hoje à noite no centro do Roda Viva, Leite tem toda a boa vontade da mídia para expor seus planos e todas as levantadas de bola possível para que ele critique, de forma indireta, o nome da pessoa designada por Lula para administrar em nome do governo federal as verbas para tratar das enchentes: Paulo Pimenta.
A ideia é dizer que Lula está fazendo uso político da tragédia para lançar Pimenta como seu candidato ao governo gaúcho em 2026.
E dizer que Eduardo Leite não estaria fazendo política, mas cuidando das pessoas, numa ampla união dos gaúchos em torno do seu nome.
Para isso, Leite vai ter um show de exposição, agora sem o colete da Defesa Civil. Sai o cosplay de Zelensky, entra o "gestor que vai administrar a crise nomeando técnicos para enfrentá-la".
Tentam fazer a opinião pública esquecer o papelão de Leite, cujas decisões aprofundaram a tragédia das chuvas, por exemplo alterando 400 licenças ambientais, bem ao estilo do ex-ministro de Bolsonaro, Ricardo Salles, "passando a boiada". Deu no que deu.
Também querem apagar todas as ações do governo Lula desde o primeiro dia, enviando Exército, Marinha e Aeronáutica para ajudar no socorro, e ministros, pessoal e verbas, num total de mais de R$ 60 bilhões para o estado.
Agora querem pregar em Lula a ideia de que ele só está agindo por interesse político em eleger Pimenta numa eleição que só acontecerá daqui a mais de dois anos e tentando apagar da memória dos gaúchos as palavras e o carinho pessoal do presidente e seu governo com o povo do Rio Grande do Sul desde o primeiro momento.