Nota da Redação --------
A história oficial sobre os mouros -leia-se árabes - na Península Ibérica precisa ser reescrita. Motivos não faltam, mas o principal deles é a mentira divulgada ao longo dos séculos sobre a presença dos árabes por mais de 780 anos na Espanha e Portugal.
No ano de 711 a Europa sofria o início da "Santa" Inquisição, movimento fundamentalista da Igreja Católica que durou de 476 a 1453.
Nesse período várias monarquias foram subjugadas pelo católicos fundamentalistas que instalaram o terror como forma de conquistar poder e almas. Fazendo uma comparação, os católicos daquela época não eram muito diferentes dos muçulmanos extremistas da Al Qaeda ou Isis. Os métodos de ação eram os mesmos: terror, brutalidade, torturas e assassinatos em nome de Deus.
Foi nessa Europa sangrando por extremismo religioso que os árabes do Norte da África desembarcam em Portugal e Espanha, trazendo com eles uma cultura avançada para a época, que envolvia desde cuidados com higiene pessoal até arquitetura, matemática, medicina etc. E a herança desses árabes foi transformar Portugal e Espanha em potências marítimas que dominaram várias nações ao longo de decadas. Além de plantar na Europa os conhecimentos que auxiliaram o continente a derrubar a Inquisição.
Os muçulmanos pregavam a liberdade religiosa ou o respeito às demais religiões, e de alguma forma influenciaram o pensamento europeu.
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Os mouros foram um grupo de habitantes árabes norte-africanos que conquistaram e governaram Espanha e Portugal por quase 781 anos, de 711 a 1492. Eles entraram na Península Ibérica, pela Espanha, depois de cruzarem o Estreito de Gibraltar, passando por Marrocos. Os mouros africanos eram conhecidos por suas excepcionais habilidades em arquitetura e engenharia e construíram inúmeras estruturas impressionantes, como universidades e mesquitas na Espanha, que ainda se mantêm de pé até hoje. Eles fizeram importantes contribuições em diversos campos, incluindo Matemática, Medicina, Química, Filosofia, Astronomia, Botânica, Alvenaria e História.
Eles travaram uma guerra entre a ciência e a religião retrógrada.
Os mouros africanos eram mestres da arquitetura e engenharia, deixando um legado de mesquitas, universidades e estruturas impressionantes, como a icônica Alhambra de Granada.
Além de suas realizações arquitetônicas, os mouros trouxeram importantes avanços em matemática, medicina, química, filosofia, astronomia, botânica e história para a Europa. Eles foram os primeiros a introduzir os números árabes na Europa, revolucionando a matemática e a ciência.
Seu conhecimento em astronomia permitiu avanços significativos na medição do tempo e na compreensão dos corpos celestes, enquanto suas contribuições na medicina incluíram tratamentos inovadores e manuais médicos que impactaram a prática médica por séculos.
Na botânica, os Mouros introduziram novas plantas na Espanha e criaram jardins de beleza incomparável, demonstrando uma profunda conexão com a natureza e a estética.
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