por José Gil -----------
O filme Guerra Civil (Civil War) está fazendo sucesso nos EUA e Inglaterra, tendo arrecadado mais de US$ 120 milhões mundialmente até o momento. No Brasil o filme foi lançado no dia 18 de abril e não está fazendo o mesmo sucesso que nos EUA e Europa, confirmando o ditado popular de que "santo de casa não faz milagres", afinal, Wagner Moura é brasileiro, e faz o papel principal masculino no filme festejado pela crítica internacional.
Guerra Civil trata de temas polêmicos como declínio democrático e aumento da polarização política. Nos Estados Unidos da América hoje as eleições presidenciais são entre um velho decrépito (Biden) e um mega empresário alucinado por poder e fortuna (Trump), sexista e misógino. Receita ideal para causar a divisão do país e levá-lo a uma guerra civil, como preconiza o filme. Alguns analistas internacionais escrevem que os EUA se tornaram uma potência militar tão grande que apenas uma guerra civil interna será capaz de detê-la. Isso antes de descobrirem que a Rússia possui foguetes Sarmat que carregam várias ogivas nucleares e que a China dispõe de submarinos movidos a laser.
A chamada democracia norte-americana é uma farsa que está sendo revelada a cada dia. Os mesmos grupos políticos se alternam no poder a serviço de grandes corporações financeiras, bancos internacionais, indústria bélica e petrolífera. As eleições são uma cortina de fumaça para disfarçar a opinião pública perante os crimes de guerra e crimes contra a humanidade que o país comete em várias partes do mundo com suas 962 bases militares no exterior.
O filme Guerra Civil é uma produção britânico-estadunidense de 2024, dirigido por Alex Garland, e estrelado por Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny, Stephen McKinley Henderson, Sonoya Mizuno e Nick Offerman. O roteiro é do próprio Garland. A trama retrata a história de uma equipe de jornalistas que viaja pelos Estados Unidos durante uma guerra civil, que se intensifica progressivamente enquanto envolve toda a nação.
Grande parte da população norte-americana está fortemente armada, e basta uma fagulha para incendiar tudo.
Vale a pena assistir este filme. Está em cartaz em alguns cinemas de Curitiba, Londrina e Maringá.
É um dos melhores filmes da atualidade e leva o espectador a questionar o preço da manipulação midiática que os grande grupos econômicos empresarias operam no país com seus políticos - na maioria - medíocres e mercenários.
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* José Gil é ex-presidente do Conselho Nacional de Cineclubes
