foto ilustrativa.
Créditos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
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Caso ocorreu em Porto Alegre no RS; Plataforma se manifesta sobre o episódio e suspeito diz ser alvo de difamação
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por Raphael Sanz --- Revista Forum
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Abusada por um motorista de aplicativo em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, uma mulher de 27 anos denunciou o crime à Polícia Civil com uma riqueza de detalhes sobre o passo a passo do suspeito que pode servir como uma espécie de alerta para as mulheres que utilizam os apps de mobilidade.
Alerta: a reportagem a seguir contém relatos de violência sexual e pode impactar algumas pessoas. A Fórum reproduz por se tratar de interesse jornalístico.
O crime ocorreu na manhã do último domingo (14), durante a corrida feita por meio do app 99. A vítima falou que trabalha no turno da madrugada e que, na manhã de domingo, logo que deixou o trabalho, encontrou-se com uma amiga. Às 8h40 se despediu e pediu um carro para ir para casa.
A corrida seguia normalmente, até que o motorista desviou do caminho original e levantou suspeitas na vítima. Ela relata que, ao invés de seguir reto, virou numa rua, e que questionou o motorista, dizendo que aquele não era o trajeto. O motorista teria apenas olhado para trás e respondido: "é o seu trajeto".
A mulher insistiu que aquele não era o caminho correto e, minutos depois, ele parou o carro numa rua deserta. Nesse momento, a vítima teria sentido ainda mais estranheza, reiterando que ali não era seu destino.
O motorista então travou as portas do veículo, pulou para o banco traseiro e a obrigou a fazer sexo oral. A vítima relatou que implorou para não ser estuprada, que precisava voltar para o filho, mas não comoveu o agressor. "Eu preciso de ti hoje, tu é muito linda, muito gostosa", respondeu.
Depois desse ponto, o homem ficou mais violento e começou a usar cocaína dentro do automóvel antes de tirar a roupa da vítima e forçar uma penetração. Ela relata que ficou com a boca dormente depois que o homem forçou um beijo logo após usar a droga.
"Pedi pelo amor de Deus para pelo menos pegar um ar. Fiquei três horas e pouco dentro do carro e ninguém passou para eu pedir ajuda ou gritar. Meu pensamento era voltar logo para casa", disse a vítima ao portal Uol. Ela revelou que após o período o homem a deixou ir embora. Mas os momentos de terror a fizeram temer até a esperada volta para casa. "Olhava para trás desesperada para ver se ele vinha atrás de mim".
Fora de perigo, ela telefonou para a mãe e foi à Delegacia da Mulher, onde registrou um boletim de ocorrência. Ela relata que sentiu medo da exposição, mas mesmo assim decidiu denunciar o caso. A polícia investiga o episódio.
O motorista foi identificado e, em postagem nas redes sociais, negou o crime e alegou estar sendo vítima de difamação pela moça. "Trabalho há anos com isso e nunca tive problema", declarou no Instagram. Já o 99 enviou uma nota para a imprensa em que relata ter bloqueado o motorista preventivamente, enviado uma equipe especializada para dar assistência à vítima e se diz disponível para colaborar com as autoridades.
