por Fernando Marques - Estamos a pouco mais de dois meses das eleições municipais, mas a impressão que se tem é que não haverá eleições, tamanha é a apatia da maioria das pessoas. Em algumas semanas teremos o horário eleitoral gratuito pentelhando a todos, trazendo de volta as velhas raposas da política local e regional, os pastores picaretas, os políticos profissionais, os oportunistas, os malandros, os estelionatários - não exatamente nessa ordem.
Uma gama de gente interessada nas mordomias e na possibilidade de ficar rico às custas de um cargo público conquistado ao enganar uma multidão de otários. Mas nem todos são assim. Sempre existem exceções que salvam a regra. E como encontrar candidatos honestos? É difícil encontrar, mas existem.
Eu NÃO vou votar em candidatos que fazem da política uma profissão rentosa. NÃO voto em político que usa da religião - e da ingenuidade das pessoas - para se eleger. NÃO voto em político que usa farda porque ele geralmente defende os interesses da corporação e não da população. NÃO voto em playboy. NÃO voto em traficante de drogas ou ladrões. NÃO voto em político asqueroso racista que persegue político por causa da cor da pele ou filiação partidária. Desculpem os que não concordam, mas há que ser seletivo quando se trata de pessoas que metem a mão no seu bolso, mesmo que isso se chame impostos, porque todos pagam impostos, exorbitantes impostos, para que uma minoria de parasitas se locuplete no luxo e riqueza em nome da democracia neoliberal.
O sistema eleitoral brasileiro, com urnas eletrônicas, é um dos melhores do mundo. Precisamos também melhorar o nível da maioria dos políticos.
