Ricardo Cappelli (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Presidente da ABDI afirma que o Brasil enfrenta o mesmo desafio desde sempre --------
247 – Ricardo Cappelli, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em recente publicação na plataforma X, criticou a pressão que o "mercado" exerce sobre o governo brasileiro para que realize cortes em programas sociais fundamentais. Cappelli destacou que a especulação financeira e as demandas por cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que assiste idosos e pessoas com deficiência, são estratégias para manter o espaço do rentismo no orçamento público.
Essa postura, segundo ele, representa um dos desafios históricos do Brasil: a luta contra a "Elite do Atraso". Este termo, popularizado pelo sociólogo Jessé Souza em seu livro "A elite do atraso: Da escravidão à Lava Jato", descreve uma classe dominante que, em vez de promover o desenvolvimento econômico e social, mantém estruturas de poder que perpetuam desigualdades. Souza argumenta que essa elite manipula o sistema para proteger seus próprios interesses econômicos, frequentemente à custa do bem-estar da população mais vulnerável.
A ABDI, dirigida por Cappelli, tem a missão de promover a inovação e a competitividade da indústria brasileira. A agência trabalha para alinhar políticas industriais com práticas sustentáveis e inovadoras que possam impulsionar o desenvolvimento econômico do país. No contexto atual, Cappelli vê a necessidade de uma postura firme do governo contra as pressões de cortes fiscais que ameaçam programas sociais essenciais, considerando isso um aspecto crucial para superar as barreiras ao progresso impostas pela chamada elite do atraso.