Janja denuncia genocídio em Gaza após viagem ao Catar

Blog do Esmael Morais --------- A primeira-dama Janja Lula Silva, em um relato forte e carregado de emoção, criticou o genocídio em Gaza após retornar de uma viagem ao Catar. Em suas redes sociais, na noite desta quarta-feira (11/9), Janja compartilhou sua experiência com as crianças palestinas vítimas da violência, destacando o acolhimento oferecido no Catar e a resistência dessas famílias em meio a um cenário de horror e destruição. Janja viajou ao Catar a convite da Xeica Moza, para discutir a educação em territórios de conflito. No vídeo publicado em seu Instagram, a primeira-dama mencionou o profundo impacto que a viagem causou nela, ressaltando a importância de falar sobre as tragédias que ocorrem longe dos holofotes da mídia internacional. “Presenciar tão de perto as consequências da guerra, que muitos tentam calar ou esconder, me impactaram ao mesmo tempo que me deram forças para seguir fomentando a solidariedade com as crianças e suas famílias no mundo todo”, desabafou. O relato de Janja é mais uma voz na crescente crítica internacional sobre a violência em Gaza, onde mulheres e crianças têm sido as principais vítimas de um conflito que parece não ter fim. A primeira-dama, visivelmente emocionada, descreveu o momento em que conheceu crianças mutiladas pela guerra. Uma imagem que a marcou profundamente foi a de um menino sem braços, que aprendia a escrever com os pés. “É impossível não ser afetada por essa experiência”, afirmou. A visita à escola no Catar, onde essas crianças palestinas recebem apoio psicológico e educativo, foi descrita por ela como uma mistura de dor e esperança. As crianças, apesar do sofrimento, continuam buscando criar um futuro para si mesmas, apoiadas por iniciativas locais que tentam reconstruir o que a guerra destruiu. Janja foi direta ao se referir à situação como um “genocídio” e destacou que, muitas vezes, o sofrimento dessas populações é abafado ou tratado com indiferença pela comunidade internacional. O uso do termo “genocídio” coloca um peso importante em seu discurso, amplificando o debate sobre o papel das potências mundiais e organizações internacionais em evitar ou silenciar esse tipo de violência. Ela ainda aproveitou o momento para questionar: “Que mundo estamos deixando para nossas crianças?”. Janja enfatizou a necessidade de união e solidariedade global, não apenas para com o povo palestino, mas com todas as crianças afetadas por conflitos armados. Para ela, esse é um compromisso que deve transcender fronteiras e interesses políticos.
A primeira-dama reafirmou seu compromisso com a defesa dos direitos das crianças e mulheres em situações de conflito. Seu depoimento, além de emocionado, trouxe à tona um apelo à humanidade, chamando atenção para a urgência de ações concretas. “Nós precisamos repensar a nossa humanidade. Não podemos permitir que o extermínio de crianças continue”, concluiu. Com esse discurso, Janja mais uma vez reforça seu papel não só como primeira-dama, mas como uma voz ativa em questões sociais e humanitárias. Sua mensagem, de que o Brasil vive um momento rico de reflexão e de mudança, deixa claro que ela pretende usar sua influência para seguir denunciando injustiças e lutando por um mundo mais justo para todos. O que fica evidente é que o contato com as vítimas da guerra não só tocou profundamente Janja, mas também fortaleceu sua determinação em continuar utilizando sua plataforma para amplificar as vozes silenciadas pelo conflito. É uma batalha que promete continuar ecoando no cenário internacional, e Janja, sem dúvida, está disposta a estar na linha de frente.