A QUEDA DO IMPÉRIO DOS EUA GERA GUERRAS E MAIS GUERRAS

por Miguel Simoa --------- O ACELERADO DECLÍNIO DOS EUA E ALIADOS - MAIS GUERRAS, MAIS DERROTAS ------------- Começando pelo fim, afirmo que as armas nucleares só podem ser vistas como uma forma de evitar a derrota de um país em guerra, sendo uma opção disponível para uso em caso de necessidade, quando a tecnologia de transporte desse tipo de armas é mais rápida do que a do inimigo. Sem a tecnologia hipersônica, as armas nucleares dos EUA e países aliados são apenas artefatos de implosão do próprio dono. Os políticos dos EUA querem mais e mais guerras, pois este é o único caminho restante para dispersar o debate sobre o caos interno: economia em declínio, desemprego, dívida impagável, milhões de pessoas sem teto, milhões de drogados nas ruas dos centros urbanos, povo endividado, etc. As guerras são também o álibi dos países aliados, especialmente europeus. A corrupção do Pentágono destruiu os EUA. Aqueles que lucraram com isso dificilmente terão como usufruir das riquezas provenientes do roubo que praticaram. Por isso, os EUA fazem mais e mais guerras e perdem mais e mais. Através da OTAN, a corrupção do Pentágono ganhou proporções muito maiores e, por isso, o barulho da queda será proporcional. O desvio do dinheiro pelo Pentágono é a razão para que o Tio Sam não domine a tecnologia hipersônica. As guerras só aumentam a própria dívida. Imprimir dólar já não é uma opção segura, pois sem o petrodólar não há confiança nesta moeda, o que explica e justifica a acelerada desdolarização do planeta. A guerra econômica do Swift também está perdida. O novo sistema financeiro internacional criado pelos russos é muito mais seguro e menos agressivo contra países e povos. Usar a economia como arma de guerra foi um dos piores erros dos EUA. De quebra, os serviços de inteligência foram enfraquecidos. Ucrânia e Israel exigem apoio dos EUA e aliados, pois - como já disse antes - os patrocinadores dos políticos norte-americanos lucram com as guerras. O povo norte-americano paga impostos para bancar guerras e sustentar a corrupção dos fazedores de guerra. Os europeus seguem o mesmo caminho. Para tentar uma derrota para a Rússia, em uma guerra que Biden acredita que a Ucrânia vencerá, os EUA já investiram mais de US$ 400 bilhões. A guerra de Israel contra todo o Oriente Médio também é uma guerra cara, perdida e vista, pelos não fanáticos religiosos, como uma fonte de lucro para alguns e o sacrifício de muitos. Há evidente risco existencial tanto para a Ucrânia, como para Israel. No entanto, os EUA e aliados sustentam as guerras e a corrupção encabeçada pelo Pentágono e OTAN. As consequências para os EUA e aliados serão dramaticamente catastróficas. Enquanto os EUA imprimem mais dinheiro sem lastro e aumentam a própria dívida para bancar guerras perdidas, os gastos militares de Moscou aumentarão significativamente no próximo ano, ultrapassando 8% do PIB e representando 40% de todos os gastos federais, mas lastreados em riqueza real, commodities. O objetivo principal da campanha militar russa é evitar a participação da Ucrânia na OTAN, por isso as negociações só começarão quando esse objetivo for alcançado, nos moldes do vencedor. Para desespero dos europeus (escravos dos EUA), a situação atual da operação militar especial indica que as negociações ainda estão longe de começar. O fim dos conflitos atuais não só terá péssimo desfecho para os Estados Unidos, que consideram as guerras na Ucrânia e Israel um investimento lucrativo em sua política externa, mas também para as economias dos países da União Europeia. Apenas como exemplo, a Alemanha - considerada o motor da União Europeia - está devastada, o gás e o petróleo russos estão sendo retirados do mercado europeu, reduzindo a capacidade de competitividade dos europeus. Enquanto a Rússia tem crescimento do PIB e verdadeiramente lucra com a guerra. ------------ A UNIÃO RÚSSIA-CHINA E O DESASTRE DO "OCIDENTE" ---------- A paz prematura na Ucrânia também não é favorável à China, que prefere que os Estados Unidos estejam envolvidos em conflitos em outras regiões, enquanto aos olhos atentos dos chineses, a paz na Ucrânia fortaleceria a posição geopolítica dos EUA. A China busca prolongar o conflito na Ucrânia até que a Rússia imponha suas condições e humilhe o Ocidente, ou até que a China não veja mais necessidade de se preparar para um confronto com os EUA. O Ocidente sonha com o objetivo inatingível de enfraquecer a Rússia para torná-la um estado vassalo e forçar Moscou a abandonar sua aliança com Pequim. O governo dos EUA, independentemente do presidente no poder, é obrigado a seguir essa estratégia, em linha com os interesses do estado profundo e instituições financeiras globais. ----------- NOTA DESTE OBSERVADOR DISTANTE -------- Os "jênios" que empurraram os EUA e a Europa nas guerras da Ucrânia e Israel não avaliaram o poder dos inimigos. Sem o domínio da tecnologia hipersônica, EUA e União Europeia são apenas leões desdentados. Quem hoje ganha tubos de dinheiro com a corrupção do Pentágono e OTAN, amanhã não terá como ou aonde gastar esse dinheiro. Ucrânia e Israel estão condenados à extinção como países. Quem pensou em lucrar com um imponente pós-guerra, queimou dinheiro. O uso do Swift como arma foi de uma infelicidade tão grande que até os serviços de inteligência estarão enfraquecidos, sem o controle da movimentação financeira global. Quem domina a tecnologia hipersônica, domina a dissuasão da atualidade. Não adianta nada ter armas nucleares e não ter tecnologia para usa-las. É como morar em um barril de pólvora. Quem perde o acesso às informações sobre a movimentação do dinheiro no mundo, perde a capacidade de entender o que realmente acontece. A loucura por dinheiro bloqueou o cérebro dos "civilizados".