URGENTE: Putin baixa decreto para usar armas nucleares em resposta a Washington

Presidente russo reage a autorização dada pelos EUA para que a Ucrânia ataque seu país com mísseis de longo alcance ----------------- por Ivan Longo - Revista Forum ------ ---------- Presidente russo reage a autorização dada pelos EUA para que a Ucrânia ataque seu país com mísseis de longo alcance De BERLIM | O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou na manhã desta terça-feira (19) um decreto que abre caminho para que seu país utilize armas nucleares. A nova resolução permite que a Rússia recorra a armas nucleares contra qualquer “agressão” de um “Estado não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear”. “Além disso, uma resposta nuclear da Rússia é possível no caso de uma ameaça crítica à sua soberania, mesmo com armas convencionais, no caso de um ataque à Bielorrússia como membro do Estado da União, [ou] no caso de um lançamento em massa de aeronaves militares, mísseis de cruzeiro, drones, outras aeronaves e a sua travessia da fronteira russa”, diz um trecho do decreto. O documento também "define os perigos e ameaças militares contra os quais se pode atuar com dissuasão nuclear" e estipula uma resposta à "agressão" de "um potencial inimigo" contra a Rússia ou seus aliados. O documento também "define os perigos e ameaças militares contra os quais se pode atuar com dissuasão nuclear" e estipula uma resposta à "agressão" de "um potencial inimigo" contra a Rússia ou seus aliados. Essa decisão do Kremlin, que eleva a tensão global no marco de mil dias desde o início do conflito com a Ucrânia, surge como resposta à recente autorização do governo dos Estados Unidos para que as forças armadas ucranianas utilizem mísseis de longo alcance contra território russo. EUA autorizam Ucrânia a usar seus mísseis contra a Rússia Os Estados Unidos, pela primeira vez, permitiram que a Ucrânia empregue mísseis de longo alcance fornecidos por Washington para realizar ataques dentro do território russo. A informação foi divulgada neste domingo (17) pelo The New York Times, que cita fontes próximas ao governo americano. Segundo o jornal, os mísseis serão inicialmente utilizados contra forças russas posicionadas na região de Kursk, no oeste da Rússia. As identidades das autoridades mencionadas não foram reveladas. A autorização, uma prerrogativa da Casa Branca sob o comando do presidente Joe Biden, ocorre a menos de dois meses de sua saída do cargo, quando será sucedido por Donald Trump. O presidente eleito fez da promessa de encerrar a Guerra da Ucrânia um dos principais pilares de sua campanha. Os mísseis de longo alcance teriam capacidade de atingir cidades como Moscou, São Petersburgo e outros grandes centros russos. Caso isso ocorra, o ataque poderia ser considerado pela Rússia como uma declaração de guerra da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O The New York Times também mencionou a suposta presença de tropas norte-coreanas na província de Kursk como possível motivação para os ataques, embora esse fato nunca tenha sido confirmado por autoridades russas ou norte-coreanas. O objetivo estratégico seria enfraquecer as forças enviadas pela Coreia do Norte e desencorajar novos reforços. Em setembro, Vladimir Putin alertou que qualquer ataque ao território russo reconhecido internacionalmente, realizado com armas fornecidas pela Otan, seria visto como uma declaração de guerra por parte do bloco militar. Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem reiterado pedidos por mais apoio militar de Washington, incluindo a autorização para ataques diretos contra a Rússia. O uso dos mísseis agora liberados pode marcar um novo capítulo no conflito, intensificando os riscos e as consequências geopolíticas em escala global.