Chefe das Forças Armadas sul-coreana é preso por rebelião.

Park An-su foi acusado de abuso de poder quando presidente Yoon impôs lei marcial -------------- O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Coreia do Sul, general Park An-su, foi preso nesta terça-feira (17/12) acusado de rebelião e de abuso de poder durante a imposição da lei marcial em 3 de dezembro, segundo o jornal local Yonhap. O alto oficial das Forças Armadas, que prestou serviço como comandante durante a injunção da lei, é tido como uma peça-chave no caso. Além dele, outras quatro pessoas também foram detidas acusadas de envolvimento na tentativa fracassada de injunção da lei marcial. Além das prisões, a Corte Constitucional da Coreia do Sul iniciou na última segunda-feira (16/12) o processo para a análise do impeachment do presidente, Yoon Suk Yeol, destituído no último sábado (14/12), decorrente da crise política causada por sua tentativa frustrada de impor a lei marcial, que foi bloqueada horas depois pela Assembleia Nacional. Yoon, derrotado em uma votação de impeachment, enfrenta duas investigações judiciais por acusações de “insurreição”, uma da Procuradoria e outra de uma equipe conjunta de polícia, Ministério da Defesa e promotores da unidade de combate à corrupção. Alto oficial, que prestou serviço como comandante durante a injunção da lei, é tido como uma peça-chave no caso. Agora, a Corte Constitucional tem seis meses para decidir se confirma ou não o impeachment de Yoon. Uma audiência preliminar foi marcada para 27 de dezembro. Se a destituição for confirmada, o país terá novas eleições em um prazo de dois meses. A polícia do país também anunciou no último domingo (15/12), segundo a agência de notícias sul-corena Yonhap, as detenções do diretor do Comando de Inteligência de Defesa e de seu antecessor no cargo, ambas relacionadas com a investigação por “insurreição”. Os promotores também solicitaram um mandado de prisão contra o chefe do Comando Especial de Guerra do Exército, Kwak Jong-keun, segundo a Yonhap. O militar é acusado de enviar tropas das forças especiais ao Parlamento durante a tentativa de instaurar a lei marcial, o que desencadeou um confronto entre os soldados e os funcionários do Legislativo. Se forem considerados culpados pela Justiça, Yoon – que está proibido de sair do país – e seus principais conselheiros enfrentam o risco de prisão perpétua ou até pena de morte.