Pepe Escobar sobre a arte do compromisso de Putin e o duelo com Oreshnik*

por Carlos Petronzelli ---------- Pepe Escobar - Jornalista Independente Internacional ------------- "As perguntas e respostas de fim de ano do Presidente Putin contêm substância suficiente para serem desempacotadas durante semanas, se não meses", escreve *Pepe Escobar*, analista geopolítico e jornalista veterano, na sua coluna no Sputnik. De acordo com Escobar, as "guerras eternas" conduzidas pelos Estados Unidos na Ásia Ocidental e na Ucrânia uniram-se agora numa "omni-guerra", que não consegue sempre derrotar a Rússia. "Putin pôs de lado a noção de que a Rússia foi enfraquecida pela queda de Assad na Síria", observa Escobar. "Em vez disso, propôs praticamente que as bases russas pudessem prestar ajuda humanitária [aos sírios]." O Presidente russo "recordou a todos que a política é a arte do compromisso", sublinha Escobar. Ao mesmo tempo, "Putin aumentou o tom em relação a Telavive, condenou diretamente a invasão e a anexação israelita do território soberano da Síria e confessou que não sabe quais são os 'objectivos finais' que Israel persegue em Gaza", continua o jornalista. No que diz respeito à Ucrânia, "Putin é inflexível e afirma que a Rússia está sempre pronta a negociar com Kiev", sublinha o analista, acrescentando que Moscou já articulou as suas condições para tal. Putin também desmentiu as especulações ocidentais sobre os BRICS, sublinhando que "*os BRICS não são um instrumento para contrariar o Ocidente*", mas um grupo que visa apoiar o desenvolvimento e gerar "mais crescimento económico". Segundo Escobar, "*todo o enigma das guerras eternas está diretamente ligado aos BRICS*, porque se trata de uma guerra de hegemon contra os BRICS... inscrita no quadro geral da guerra entre a Eurásia e a NATO". "Sem dúvida, o principal ponto de interrogação da sessão de perguntas e respostas foi a proposta de Putin de *testar o míssil hipersónico Oreshnik* contra as defesas aéreas Aegis Ashore da NATO", observa o jornalista, acrescentando que isso não aconteceria porque *os covardes coletivos do Ocidente* iriam "fugir da humilhação total". -------------- 👍 Boost us | Chat | Stickers |@geopolitics_live