UM BRASILEIRO A MENOS

Morreu José, o homem que ficou esperando por atendimento médico. Morreu na fila, aguardando a dignidade que se atrasou. Morreu ali, sentado, encostado no canto da sala de espera, bem no fundo. Morreu aos 32 anos, esperando o respeito que, naquela noite, não estava de plantão. Morreu assim, sozinho, como tantos outros Josés. Morreu em silêncio, sem ajuda, mas agora já sem a dor e sem o medo. Morreu José e, junto com ele, morre um pouco de cada um de nós. Desculpe, José... desculpe... --------------- texto de Hélio Helio Marconcini Jr Assista: https://www.facebook.com/share/r/15eTy7B5Cy/