Gleisi Hoffmann (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados | Reuters)
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Cobrança ocorre dias após Lula aliviar dívidas estaduais. "Seria hora de agradecer e contribuir com o país", dispara
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Guilherme Levorato
247 - A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou duramente os governadores que decidiram aumentar a alíquota do ICMS sobre combustíveis a partir deste sábado (1º). Em uma postagem nas redes sociais, Gleisi afirmou que a medida é exclusiva dos estados e que o governo Lula (PT) não tem qualquer relação com o reajuste. Segundo ela, a decisão afetará diretamente a inflação e o bolso da população.
“O aumento do imposto estadual e do preço dos combustíveis a partir deste sábado é uma decisão exclusiva dos governadores, que não tem nada a ver com o governo federal. Eles vão cobrar mais ICMS da gasolina e do diesel, enquanto o governo federal não está aumentando nenhum imposto, mas a maioria das pessoas não fica sabendo disso”, escreveu a deputada.
A manifestação da petista ocorre poucos dias depois de o presidente Lula (PT) ter sancionado o novo regime de renegociação das dívidas estaduais. Com a medida, os estados passam a ter até 30 anos para quitar seus débitos com a União, além de contar com um desconto significativo nos juros. A renegociação atinge, sobretudo, cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás, que concentram 90% da dívida total, estimada em R$ 756 bilhões.
Gleisi criticou duramente os governadores desses estados, que, segundo ela, deveriam aproveitar o alívio concedido pelo governo federal para colaborar com o equilíbrio econômico do país. “E são justamente os governadores destes cinco estados os que mais atacam o presidente. Eles não são obrigados a aumentar o ICMS, e esta seria uma boa hora de agradecer e contribuir com o país, segurando um preço que vai mexer com a inflação e o bolso do povo. Será que teriam a grandeza desse gesto?”, questionou.
A petista também comparou o cenário atual com o período em que Jair Bolsonaro (PL) esteve na Presidência, lembrando os sucessivos aumentos nos combustíveis devido à política de preços da Petrobras atrelada ao dólar. Segundo Gleisi, no governo anterior, o diesel chegou a subir 203% e a gasolina, 170%. Já com Lula, a estatal reduziu a volatilidade dos reajustes, resultando em uma estabilidade maior ao longo do ano passado. “Por isso, em 2024 não houve nenhum aumento do diesel nas refinarias e apenas um da gasolina ao longo do ano”, destacou.
A decisão dos governadores de aumentar o ICMS sobre combustíveis tem sido alvo de críticas não apenas da base governista, mas também de setores do empresariado e de consumidores, que temem um efeito cascata na inflação.
