Gleisi Hoffmann (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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O texto estava travado há 3 meses
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Blog do Esmael - O Congresso Nacional aprovou, nesta quarta-feira (20), o Orçamento de 2025 com um teto de gastos de R$ 2,2 trilhões e uma previsão de superávit de R$ 15 bilhões. O detalhe? O texto estava travado há três meses, mas foi resolvido em apenas 10 dias sob a articulação da ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria das Relações Institucionais.
Gleisi tem atuado nos bastidores como uma verdadeira “primeira-ministra” do governo Lula, destravando acordos e costurando votações até altas horas. O Blog do Esmael acompanhou de perto sua movimentação no Palácio do Planalto até a noite anterior à votação.
O projeto de Lei Orçamentária de 2025 (PLN 26/2024) foi aprovado com um teto de gastos de R$ 2,2 trilhões, seguindo as regras do arcabouço fiscal. O relator-geral, senador Angelo Coronel (PSD-BA), destacou que o superávit projetado é quatro vezes maior que o previsto inicialmente pelo governo, que era de R$ 3,7 bilhões.
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As principais mudanças no Orçamento foram:
Aumento de R$ 11,9 bilhões nas despesas em relação ao projeto inicial.
Maior destinação de verbas para saúde, com um acréscimo de R$ 24,4 bilhões.
Crescimento expressivo em esporte e lazer, com mais de seis vezes o valor inicial.
Redução no repasse para programas como Bolsa Família e Farmácia Popular.
A votação do Orçamento foi precedida de intensas negociações entre o Executivo e o Legislativo. Gleisi Hoffmann, com sua experiência no Congresso, foi essencial na interlocução com deputados e senadores para garantir a aprovação.
Por outro lado, o partido Novo foi contra o projeto, com o senador Eduardo Girão (CE) registrando voto contrário. O deputado Kim Kataguiri (União-SP) também manifestou oposição ao Orçamento.
A aprovação do Orçamento de 2025 destrava os recursos do governo e dá previsibilidade para os investimentos do próximo ano. No entanto, o corte em programas sociais como o Pé-de-Meia e a redução na verba do Bolsa Família podem gerar debates acalorados.
Enquanto isso, a ministra Gleisi Hoffmann sai fortalecida desse episódio, consolidando sua posição como uma das figuras mais influentes do governo Lula.