Blog do Esmael Morais ---------
Na manhã desta sexta-feira (25), o juiz federal Eduardo Appio, que já comandou a 13ª Vara Federal de Curitiba no rastro da Lava Jato, participou de uma transmissão histórica com o Blog do Esmael e a Esmael TV. Em pauta: a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello e o lançamento do livro A Ágora e o Algoritmo – Direito e Democracia na Era Digital, da Kotter Editorial.
Com a precisão de um cirurgião jurídico, Appio explicou a diferença entre a operação que levou Collor à cadeia e os processos da Lava Jato, além de lançar farpas certeiras contra o avanço das big techs no processo democrático
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A prisão de Collor tem relação com a Lava Jato?
Não. O processo tramitou diretamente no STF, sem vínculo com Curitiba ou com a Petrobras.
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Onde foi o lançamento do livro de Appio?
Foi no Bar-Restaurante Nina, em Curitiba.
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Qual é o foco do livro?
Analisar como os algoritmos das big techs afetam a democracia, o voto popular e a atuação do Judiciário.
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O livro critica o STF?
Não. O livro propõe limites e fundamentos para a atuação judicial, equilibrando o combate à desinformação com o respeito à autonomia dos poderes.
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O STF está enviando um recado com a prisão de Collor?
Segundo Appio, sim. Trata-se de um “recado claro ao bolsonarismo” de que a Corte está coesa e não vai tolerar ataques à democracia.
A prisão de Collor e o lançamento de “A Ágora e o Algoritmo” não são eventos desconectados. Ambos revelam um Brasil em ebulição: de um lado, a Justiça que busca se afirmar como pilar da democracia; de outro, as plataformas digitais que pautam o debate público — e até os rumos eleitorais.