A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa nesta terça-feira (22) o julgamento de seis investigados por suposta participação no “núcleo 2” da tentativa de golpe de Estado articulada após as eleições de 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o grupo de planejar ações para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo com a derrota nas urnas.
O julgamento vai até quarta-feira (23). Os ministros analisam se aceitam ou não a denúncia. Caso acolhida, os acusados se tornam réus e passarão a responder a uma ação penal no Supremo.
Segundo a PGR, os seis teriam cometido crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa armada.
Conheça os denunciados e suas supostas atuações:
Silvinei Vasques: ex-diretor da PRF, teria organizado blitze para dificultar o acesso de eleitores de Lula aos locais de votação no segundo turno. Está em liberdade com tornozeleira eletrônica.
Marcelo Câmara: coronel da reserva e ex-assessor especial da Presidência, teria monitorado os passos do ministro Alexandre de Moraes e repassado as informações a Mauro Cid.
Mario Fernandes: general da reserva, é acusado de redigir o “Plano Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes.
Filipe Martins: ex-assessor de Assuntos Internacionais, teria escrito uma minuta de decreto golpista, posteriormente ajustada por Bolsonaro.
Marília Alencar: ex-assessora de Anderson Torres, é acusada de omissão durante os ataques de 8 de janeiro, quando ocupava cargo na Segurança Pública do DF.
Fernando de Sousa Oliveira: ex-secretário-adjunto no DF, também é acusado de omissão diante da invasão e depredação da Praça dos Três Poderes.
Se condenados, os seis poderão receber penas que variam conforme a gravidade dos crimes.