por Dr. Rosinha -----------
Desabafo sobre a morte da professora Silvaneide
Hoje, o Paraná enterra mais do que uma professora.
Hoje, o Paraná enterra a dignidade da Educação pública.
A professora Silvaneide, do Colégio Estadual Jayme Canet, em Curitiba, morreu dentro da escola.
Sofreu um infarto fulminante após ser chamada para explicar por que não estava dando conta de plataformas, redações, metas absurdas.
Ela morreu na sala da pedagoga, diante da pressão institucional, diante do descaso do Estado.
Isso não foi um acidente.
Isso foi assédio moral.
Isso foi o resultado direto de um sistema que adoece os professores e depois culpa as vítimas.
Estamos sobrecarregados, adoecidos, medicados, silenciosamente sendo esmagados.
Eu falo com propriedade: tomo estalopram, rivotril, pregabalina... e agora mais um remédio que nem lembro o nome. Tudo isso só pra conseguir dar aula.
E o governador ainda tenta negar nossos direitos, desmontar nossas conquistas e pintar de "modernidade" o que é só abandono.
Silvaneide não morreu sozinha.
Ela é o retrato de milhares de professores em colapso.
Ela representa o grito preso na garganta de uma categoria inteira.
O sangue dela está nas mãos de quem governa sem escutar, sem sentir, sem respeitar.
E o silêncio agora é covardia.
Por ela, por nós, por todas as vozes que ainda resistem:
CHEGA DE MATAR PROFESSORES!
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