A POETA IRANIANA QUE NETANYAHU ASSASSINOU

Foi há três dias. Por ordem do maior terrorista do mundo no Século XXI, as forças de Israel atacaram covardemente um prédio residencial no Complexo Orchid, na Rua Sattarkhan, no oeste de Teerã. O míssil disparado pelos agressores foi programado para atingir o centro do edifício e, assim, derrubar toda a estrutura. Dezenas de pessoas sem qualquer ligação com as instituições militares iranianas foram mortas. Quando as equipes de socorro chegaram, ainda ouviam gritos sufocados desde os escombros. Muita gente se empenhou na tentativa de resgate. No momento em que finalmente alcançaram a primeira vítima, entretanto, ela já não respirava. Comoção geral. Era uma linda jovem a dez dias de completar 24 anos, Parnia Abbasi, uma poetisa inspiradora da juventude, estimada professora de Inglês, sempre empenhada em difundir a esperança na construção de um mundo melhor. Ela havia acabado de ser aprovada no processo seletivo para cursar a universidade. Pretendia formar-se em Administração, a fim de liderar empresas mais humanas e sustentáveis. Depois, os socorristas e voluntários encontraram seu irmão mais novo, Parham, também morto, um alegre estudante de 16 anos. Demorou até que encontrassem, também sem vida, seus pais, um trabalhador da educação aposentado e uma ex-bancária. Uma família normal, com a nossa, destruída de forma cruel por um regime expansionista corrupto, opressor e genocida. Muitos dos vizinhos também pereceram na tragédia. E o que mais choca é a conduta vergonhosa da imprensa monopolista ocidental, que berra em espalhafato quando um poste cai em Tel Aviv, mas se cala diante das atrocidades cometidas, há anos, contra homens, mulheres e crianças em Gaza, no Líbano e, agora, no Irã. Desde quando, isso é ataque preventivo? Que poder atômico tinham os poemas de Parnia? Ficam os versos finais, proféticos, dessa menina gentil do mundo, tragicamente perdida para a sanha maléfica de Bibi Netanyahu e seus sequazes aniquiladores. “Eu queimo, eu desapareço, eu me torno uma estrela silenciosa, Que se transforma em fumaça No seu céu…” ------------------------------- Do Jornalista Walter Falceta