Paquistão sobe o tom, chama Irã de “país irmão” e exige reação dos países islâmicos contra Israel

Ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Muhammad Asif (foto Crédito: REUTERS) ----------------------- DCM ----------- O ministro da Defesa Khawaja Muhammad Asif condenou com veemência os ataques de Israel ao Irã e pediu à Organização para a Cooperação Islâmica uma reunião de emergência, lembrando que “crianças palestinas estão sendo mortas, e ainda assim há mais protestos em países não muçulmanos do que em nações muçulmanas”. Para Asif, essa brutalidade faz do Irã mais que um vizinho: “É um país irmão com laços profundos com o Paquistão”, e por isso Islamabad “continua firmemente ao lado do Irã e apoiará o país em fóruns internacionais”. Asif advertiu que a escalada israelense reflete um plano de agressão regional que já atingiu Iêmen, Irã e Palestina, e que, se não houver união entre os países muçulmanos, “todos os países acabarão se tornando um alvo”. O ministro afirmou que Israel “tem sangue inocente em suas mãos” e considerou urgente o esforço conjunto para restaurar a paz e conter um conflito que pode sair do controle. O primeiro-ministro Shehbaz Sharif reforçou a reclamação contra a “violação do direito internacional” cometida pelos bombardeios e apelou para a solidariedade das nações islâmicas, destacando a necessidade de uma liderança forte para proteger populações civis e evitar que novas tragédias se repitam. Tanto Asif quanto Sharif aguardam agora uma reação contundente da OIC para articular uma estratégia militar e diplomática unificada. Enquanto isso, a China e outras potências pedem desescalada, mas Islamabad insiste que só um posicionamento firme e coordenado dos Estados muçulmanos poderá deter o avanço da violência e garantir a segurança de todas as nações envolvidas.