Em 27 de julho de 1953 foi assinado o armistício que pôs fim à guerra da Coreia. O que os Estados Unidos esperavam ser uma rápida ocupação militar se transformou em três anos de resistência encarniçada por parte do povo coreano. Sob a liderança do General Kim Il Sung, a jovem República Popular Democrática da Coreia enfrentou o exército mais poderoso do mundo, apoiado por mais de quinze países sob o pretexto escuso de “missão da ONU” em um conflito absolutamente desigual: um país recém-liberto do colonialismo japonês, lutando com fuzis e artilharia leve contra napalm, armas químicas (e, por muito pouco, quase a bomba atômica também) e bombardeios sistemáticos contra civis, represas, plantações e vilarejos inteiros.
Mesmo com 80% de seu território arrasado, o povo coreano não se rendeu e lutou até o fim. A assinatura do armistício não representou um empate, mas o reconhecimento explícito de que os EUA, em toda a sua "supremacia" militar, não conseguiram cumprir seus desígnios. Foi uma das primeiras grandes derrotas do imperialismo norte-americano no século XX – e, talvez por isso, essa guerra seja muito injustamente deixada de canto na maioria dos currículos escolares. Porque lembrar o 27 de julho é lembrar que resistir é possível, mesmo diante da força brutal de um império.
Viva o 27 de julho! Feliz Dia da Vitória!