GEORGE ABDALLAH FOI LIBERTADO APÓS 40 ANOS DE PRISÃO ARBITRÁRIA

Após 40 anos de prisão o herói George Abdallah foi libertado e recebido com manifestações no Líbano. Ele foi sequestrado pelo governo francês durante todo esse tempo, de forma covarde e injustificável. George Abdallah iniciou sua militância política no partido Nacional Social, em seguida mudou para o Partido Comunista libanês, onde foi um de seus dirigentes mais combativos e destacados. George Abdallah fez um discurso apaixonado em sua primeira entrevista como um homem livre e apelos para intensificação da luta contra israel, além de pedir protestos contra o genocídio israelense-norte-americano em Gaza. Ele critica as massas árabes por 'sentar e assistir' enquanto 'crianças palestinas morrem de fome'. "A poucos metros de Gaza mais de 80 milhões [de muçulmanos] no Egito, não reagem quando crianças palestinas estão morrendo de fome. Isso é uma vergonha para a história, para as massas árabes, mais do que para os regimes." Pacifistas se manifestsm em vários países, enquanto milhões de árabes assistem em silêncio... é uma vergonha. Greta, por exemplo, de 20 anos, chega a Gaza vinda da Suécia. E nós? Onde estão os jovens egípcios? Onde estão as mulheres egípcias? Onde estão os homens? Não perguntamos onde estão os ativistas... mas onde estão as pessoas comuns. Precisamos de um mínimo de dignidade. Na Europa, em Paris, em Roma, em Milão, na Espanha, na Irlanda, as pessoas estão protestando, os jovens estão protestando. Mas onde estão aqueles que precisam mudar o Egito? Há 104 milhões de pessoas no Egito. Quantas foram às ruas? Apenas um milhão de pessoas na fronteira de Gaza seriam suficientes para acabar com o genocídio. Um milhão. Já chega.
******************** ENTREVISTA ------ Repórter do Al Mayadeen: O que você diz aos mártires da resistência? Nós nos curvamos diante dos mártires da resistência, hoje, amanhã e sempre. Elas são a base de todo pensamento verdadeiramente libertador. Repórter de TV libanesa: Naqueles primeiros minutos em Beirute, você imaginou que um dia retornaria a esta terra? Claro. Eu sabia que voltaria a esta terra. Porque a resistência está profundamente enraizada aqui; ela não pode ser erradicada. Enquanto houver resistência, haverá retorno à pátria, para mim e para todos os prisioneiros. Repórter da Al-Manar TV (Hezbollah): O que você diz àqueles que afirmam que a resistência no Líbano é fraca? A resistência não é fraca. Ela é forte graças aos mártires que a conduzem. Quando seus líderes são martirizados, a resistência é forte. Uma resistência só é fraca quando liderada por traidores. A nossa é liderada por mártires. Repórter de rádio libanesa Sawt al-Chaab (Voz do Povo): Que mensagem você tem para todos aqueles que estavam esperando por você hoje? Minha mensagem é para que nos juntemos à resistência mais do que nunca. Hoje mais do que nunca. Quando vemos crianças — esqueletos vivos — andando por aí, enquanto milhões de árabes assistem em silêncio... é uma vergonha. Greta, de 20 anos, chega a Gaza vinda da Suécia. E nós? Onde estão os jovens egípcios? Onde estão as mulheres egípcias? Onde estão os homens? Não perguntamos onde estão os ativistas... mas onde estão as pessoas comuns. Precisamos de um mínimo de dignidade. Na Europa, em Paris, em Roma, em Milão, na Espanha, na Irlanda, as pessoas estão se mudando, os jovens estão se mudando. Mas onde estão aqueles que precisam se mudar no Egito? Há 104 milhões de pessoas no Egito. Quantas foram às ruas? Apenas um milhão de pessoas na fronteira de Gaza seriam suficientes para acabar com o genocídio. Um milhão. Já chega. * Repórter do Al Mayadeen: Sua mãe morreu enquanto você estava na prisão... O que você diz a ela hoje? Minha mãe é como tantas outras mães de prisioneiros: elas partiram antes dos filhos. Elas são as primeiras mártires. *************** Entrevista postada por MOVIMENTO BRASIL OPERARIO