MAIORIA DOS DEPUTADOS APOIA A CORRUPÇÃO?

Essa pergunta está sendo feita pelos paranaenses ao ver a escandalosa perseguição ao deputado Renato Freitas (PT) por uma naioria de deputados que, aparentemente, apoia a corrupção. Renato Freitas denunciou o então presidente daquela Casa de Leis, deputado Ademar Traiano (PSD) por corrupção. Réu confesso, Traiano não foi punido pela maioria dos deputados, mas ainda foi "premiado" com a presidência da mais importante comissão da Alep, a Comissão de Constituição e Justiça. E para reforçar a suspeita de que a maioria dos deputados apoia a corrupção, desencadearam uma campanha de perseguição feroz ao deputado Renato Freitas. Segundo a assessoria de imprensa da Assembleia, "os deputados Dr. Antenor (PT) e Soldado Adriano José (PP) pediram vistas sobre o parecer apresentado pela parlamentar Marcia Huçulak (PSD) que requer a suspensão das prerrogativas regimentais do deputado Renato Freitas (PT) por 30 dias. Relatora no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar de duas representações contra o parlamentar petista, Huçulak apresentou o seu voto no fim da tarde desta segunda-feira (30), durante reunião do colegiado realizada no Auditório Legislativo. O presidente do Colegiado, deputado Delegado Jacovós (PL), marcou uma nova reunião para esta terça-feira (1º) - já com o retorno dos pedidos de vista. Caso acatado o relatório de Huçulak, Renato Freitas fica proibido por 30 dias de usar a palavra, em sessão, no horário destinado ao pequeno ou ao grande expediente; se candidatar a cargos da Mesa Diretora ou à presidência ou vice-presidência de Comissões, tal como não pode ser designado como relator de proposições. As penas estão fundamentadas no artigo 276 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Paraná. Ambas as denúncias, de números 08005-21.2024 e 08061-61 e protocoladas respectivamente pelos parlamentares Delegado Tito Barichello (União) e Ricardo Arruda (PL), sustentam que Renato Freitas se aproveitou de sua prerrogativa como deputado para facilitar o acesso de manifestantes à Assembleia Legislativa do Paraná. Os fatos teriam ocorrido durante manifestações registradas no Parlamento em junho do último ano. Huçulak sustenta seu relatório citando trechos de entrevistas concedidas por Renato Freitas e imagens de câmeras. Nelas "se ouve claramente a palavra 'entra' sendo que em interlocução com os manifestantes em plenário o Deputado, disse textualmente: 'Acredito eu que a decisão mais correta que é de permanecer o obstruir a votação de amanhã'”, pontuou a deputada. Segunda ela, atitudes do deputado impediram "demais parlamentares de permanecer no recinto por ameaças"."(...) “As falas proferidas pelo representado, bem como seus gestos públicos naquela ocasião, evidenciam um claro incentivo à permanência dos manifestantes no interior da Assembleia Legislativa, numa tentativa de inviabilizar não apenas a realização da votação, mas o próprio exercício do debate parlamentar”, afirmou. “Enquanto outros deputados, inclusive integrantes de sua própria legenda, buscavam compor uma solução e preservar a institucionalidade do processo legislativo, o representado adotou uma postura de antagonismo, estimulando o agravamento da crise”.