por Edilson Martins -----------
No banco dos réus, os "Kids Pretos", tropa de elite do Exército para missões especiais - no caso, detenção e assassinatos do presidente, vice, recém eleitos, e mais o ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral - recorreram ontem à farda, no Supremo Tribunal, para mascarar seus crimes, e enfatizar a patriotada.
Linha de frente da intentona de 08/01, Alexandre de Moraes, relator do processo, os obrigou a se despir das fardas e vestir suas roupas civis.
Essa pretensão, infame, seria o biombo para se apresentarem patriotas, eles que conspiraram para abortar o bem Supremo de uma democracia, a liberdade.
Essa decisão deveria ter sido do Exército.
Não foi.
Somos a nação da continuidade dos golpes.
Começam na Constituição de 1823, prosseguem com a Maioridade de Pedro II, em 1840, avançam na proclamação da República, em 1889.
Em 1991 o novo general, Floriano Peixoto, desfecha mais um golpe.
Temos os Golpes de 1930, a polaca de 37, outro em 45, afastando Vargas, finalmente o frustrado de 54, com o suicídio do presidente.
Em 1955, o general Lott desfecha um contragolpe, ou autogolpe e,
finalmente 64, que se estendeu por 21 anos.
Legou ao país uma memória de assassinatos, torturas, corrupção, delação, atraso cultural, tecnológico e estupidez.
Este último - 08/01 - filhote de 64, gorou.
Até quando ninguém sabe.
No momento apostam mais uma vez nos EUA.
Agora, seus executores, buscam as fardas para se apresentarem como patriotas, enrolados nas bandeiras de Deus, pátria e família.
É muita cara de pau.
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