Hoje no LIDE, o STF apresentou um dueto improvável: Mendonça abriu como se fosse culto matinal; Moraes fechou como se fosse assembleia de guerra.
🔹 Mendonça falou em tom de pastor: “juiz deve ser respeitado, não temido”, “precisamos de paz social”, “autocontenção”. Era quase um sermão sobre mansidão, cheio de palavras-chave da homilia evangélica.
🔹 Moraes, por sua vez, desmontou a liturgia. Disse que “autocontenção é o lema dos covardes”, lembrou que a história brasileira é marcada por tentativas de golpe e avisou que a democracia não se defende com silêncio, mas com enfrentamento.
⚖️ O contraste foi brutal: Mendonça sugeriu autocontenção, como quem confia no poder da oração. Moraes rebateu que autocontenção é abrir a porta para o autocrata entrar de sapato sujo.
👉 O STF não é púlpito para pregação; é arena constitucional. E ali não cabe o “ide em paz”, mas o “resistir é preciso”.
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Por Julio Benchimol Pinto
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