A nação que não depende de si mesma não será protegida por contratos e acordos

Nota da redação - o texto a seguir, do escritor e tradutor Youssef Mousmar, nos leva a pensar sobre o Brasil de hoje, onde alguns brasileiros defendem a intervenção dos EUA nos assuntos nacionais. São ovelhas implorando para irem ao matadouro. ------------------------------- الأمة التي لا تعتمد على نفسها لن تحميها عقود واتفاقات Onde há pessoas livres e honestas, há liberdade; e onde há escravos e desonesto, há escravidão. A essência da liberdade é uma luz que não pode fugir diante do horror da escuridão. De fato, a escuridão não tem poder para confrontar a luz. Além disso, a escuridão jamais pode ter maneira para salvação, exceto escapar, distanciar-se ou desaparecer. No confronto, entre a luz e a escuridão o destino da luz é a vitória e a iluminação, enquanto o destino da escuridão é a derrota e a aniquilação. A era de derrotas impostas a nós pelos desprezíveis entre os filhos de nossa nação acabou para sempre. A era de vitórias alcançadas por nossos filhos heroicos, que carregam seu sangue nas palmas das mãos, foi escrita com uma vontade inabalável que derrota e conquista o que era considerado impossível pelos evasivos, oportunistas e covardes. A verdadeira força é a vontade heróica, enquanto a fraqueza é o medo e a humilhação. A força é a vontade dos fortes e honrados, tanto homens quanto mulheres, e a fraqueza é a fraqueza dos covardes e hipócritas. O forte é aquele que deseja alcançar um objetivo, luta e age. Suas ações expressam a força de sua bela alma, e suas palavras se tornam significativas e ressoam com orgulho e honra entre gerações. Quanto ao fraco, ele é aquele que quer, mas não age, mas sim é inativo e anseia. Sua inatividade e anseio expressam sua fraqueza, e suas palavras se tornam a tagarelice dos desesperados, aleijados às margens da estrada da vida, esperando que alguém os empurre ou os arraste para os túmulos dos mortos. Os fortes são fortes por causa de suas almas belas e magníficas, suas mentes conscientes e criativas, sua moral nobre e radiante, suas ações benéficas e seus sucessivos atos heroicos, através dos quais irradiam raios de despertar entre os membros de sua sociedade e, com seu calor, injetam o sangue da revitalização em sua nação. Assim, a nação se ergue e marcha no caminho da glória e da vitória. A vitória é o destino daqueles que não temem a guerra, mas sim o fracasso e uma vida de subserviência e humilhação. Os fracos são exaustos pelo egoísmo, dilacerados pelo sectarismo e fragmentados pelas vibrações da sedição. Transformam-se em rebanhos humanos manipulados por desejos alheios e recuam, e sua sociedade recua com eles. Os fortes têm uma consciência nacional-social constantemente vigilante, e o espírito de sua nação nunca está ausente. Sua confiança em si mesmos, em sua nação e em seu nacionalismo é uma revolução renascentista que está constantemente ardendo e brilhando. Uma revolução renascentista que queima e ilumina - Uma revolução que queima quem a lançou, para brilhar e queima todos os que obstruem seu caminho, transformando-os em cinza. Assim, ilumina o caminho do progresso e da glória para as gerações da nação. Os fortes são fortes por causa de suas belas e grandiosas almas, suas mentes conscientes e criativas, sua moral nobre e brilhante e, e suas sucessivas ações heróicas, por meio das quais espalham a luz do despertar entre os membros de sua sociedade. Com a energia e calor dos homens fortes que infundem o sangue do renascimento em sua nação, permitindo que ela se eleve e embarque no caminho da glória e da vitória. A vitória é o destino daqueles que não temem a guerra, mas sim o fracasso e uma vida de humilhação e submissão. Quanto aos fracos de vontade e determinação, são aqueles que se esgotam pelo egoísmo, dilacerados pelas divisões e distraídos pelas vibrações da sedição. Transformam-se em rebanhos humanos manipulados pela vontade alheia. Regridem e degeneram, e sua sociedade regride e degenera com eles. Toda nação em que a chama do espírito do nacionalismo social se apagar em seus filhos e filhas será afligida pela impotência, a doença se espalhará, estará exposta à decadência interna e se tornará alvo das flechas dos inimigos e ela nunca poderá ser salva da ruína espiritual e material, exceto através da força própria de seu povo e sua vontade ativa, cuja determinação não se enfraquecerá diante de dificuldades destrutivas. Se não formos uma nação forte neste mundo, não teremos como escapar do colapso interno, por mais alto que as trombetas soem falsidades, não seremos capazes para confrontar nossos inimigos, por mais embelezados que sejam os contratos e acordos, e por mais que sejam promovidas as proteções e leis internacionais regidas por Estados coloniais tirânicos. Se a força de uma nação enfraquece em qualquer área, meros acordos e contratos com grandes potências não são suficientes para protege-la de um exército inimigo invasor e avassalador. Portanto, a presença da força é uma condição essencial e inevitável para qualquer acordo. Qualquer nação que não tenha confiança em si mesma, em sua própria força e em sua vontade de defender sua existência, vida e destino não será ajudada pela proteção de outras nações, não importa quão fortemente a redação de contratos e acordos enfatize os termos de responsabilidades e obrigações. Quão perspicaz e precisa foi a visão do sociólogo e filósofo Antoun Saadeh quando disse em sua nona palestra, em 21 de março de 1948, em Beirute: " Se a força de uma nação for fraca em qualquer área, meros acordos e contratos com grandes potencias não podem protege-la de um exército inimigo avassalador. Em vez disso, a presença da força é uma condição essencial e inevitável para qualquer acordo. Quem tem algo nunca procura fazer um acordo sério e confiável com quem não tem nada. Um acordo bom e bem-sucedido é feito entre duas ou mais partes poderosas, cada uma das quais tem algo em que se apoiar. Se uma das partes não tem nada em que se apoiar, no mínimo, e no melhor dos casos, será uma entidade dependente e usada, sem voz em assuntos urgentes e sem influência nesta vida.” ---------- Youssef Mousmar , Diretor cultural de Associação Cultural Sírio – Brasileira